Os estados e
municípios poderão pegar emprestados até R$ 20 bilhões no sistema financeiro
este ano. A liberação do valor foi anunciada hoje (19) pelo Ministério da
Fazenda, após reunião do ministro Nelson Barbosa com governadores.
De acordo
com a Fazenda, dos R$ 20 bilhões de crédito a que os governos locais terão
direito, R$ 17 bilhões terão garantia do Tesouro Nacional (que assumirá a
dívida em caso de calote) e R$ 3 bilhões não terão a garantia da União. Da
parcela garantida pelo governo federal, R$ 12,3 bilhões se destinam aos estados
e R$ 4,7 bilhões aos municípios.
Em relação a
empréstimos no exterior, os estados poderão contrair R$ 8,15 bilhões em
operações de crédito; e os municípios, R$ 4,1 bilhões. Geralmente, os empréstimos
internacionais dos governos locais são feitos por meio de instituições
multilaterais, como Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e
Corporação Andina de Fomento.
A liberação
do limite de crédito faz parte de medidas da União para aliviar o caixa dos
estados em meio à crise econômica. Na reunião de hoje, Barbosa propôs o
alongamento em 20 anos da dívida dos estados com a União. Em troca, as unidades
da federação terão de fornecer contrapartidas, que incluem a aprovação de leis
estaduais de responsabilidade fiscal, a limitação de gastos com o funcionalismo
local, a adesão à reforma do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) e apoio à recriação da Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF) e à Desvinculação de Receitas da União (DRU).
Ao sair da
reunião, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, manifestou disposição em
negociar com o governo. “Uma parte da nossa proposta são os financiamentos para
investimentos, obras. Investimento é um gasto extremamente positivo. Sugeriu-se
a questão de financiamento e sugeri que podemos ajudar os governadores em
reformas estruturantes. Entre essas reformas a da Previdência, tributária, do
ICMS e outras”, disse.
Além da
renegociação da dívida dos estados, o estabelecimento dos limites de empréstimo
era uma reivindicação antiga dos governadores. Originalmente, a divulgação
desses limites estava prevista para o início do mês, mas o anúncio só saiu
agora.
Pela
legislação, cabe ao Tesouro Nacional definir o espaço fiscal que os governos
estaduais podem pegar emprestado, tanto dentro do país quanto por meio de
financiamentos externos com instituições multilaterais. Em 2015, o Tesouro não
tinha autorizado a contratação de novos empréstimos.
agencia
brasil
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