terça-feira, maio 29, 2018
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Sindigás: bloqueios impedem retorno de botijões para reabastecimento
Sindigás: bloqueios impedem retorno de botijões para reabastecimento
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito
de Petróleo (Sindigás) informou hoje (28), por meio de nota, que algumas praças
ainda possuem estoque mínimo de gás liquefeito de petróleo (GLP), “apesar da
situação caótica do abastecimento do produto em todo o Brasil”.
O Sindigás esclareceu que, como o setor de GLP trabalha com uma
logística reversa, isso torna imprescindível o retorno dos botijões vazios às
bases para serem reabastecidos. “Há gás nas bases”, afirmou o sindicato.
Segundo a entidade, o problema consiste nas dificuldades de escoamento do produto
pelas rodovias do país.
“É necessário que grevistas e as autoridades que atuam nesse
momento de crise, como Polícia Rodoviária Federal (PRF); Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Exército, entre outros atores,
compreendam que o GLP é um produto essencial para o bem-estar da população e
que permitam o trânsito das carretas a granel e dos caminhões com os botijões,
sejam vazios ou cheios”, diz a nota.
Pele fato de o GLP ser armazenável, o produto apresenta a vantagem
de permitir ao consumidor contar com uma reserva de até 22 dias, em média. O
Sindigás afirma que tanto grevistas como as forças policiais estão permitindo
apenas a passagem de caminhões com GLP granel para abastecer serviços
essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios. Mas não reconhecem
como abastecimento de um serviço essencial os caminhões com botijões de 13kg,
20kg, 45kg vazios ou cheios com nota fiscal a caminho das revendas. O sindicato
defende que isso é um equívoco, “pois o produto nessas embalagens também pode
ser destinado ao abastecimento de serviços essenciais”.
Carga e descarga
Em razão da greve, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) solicitou hoje ao prefeito
Marcelo Crivella a liberação dos horários de operação de carga e descarga
durante, no mínimo, os próximos dez dias.
De acordo com a Fecomércio-RJ, o objetivo é facilitar a
normalização do fornecimento de produtos fundamentais à população, uma vez que
o comércio na cidade já vem experimentando prejuízos decorrentes do
desabastecimento. “Mesmo com o anúncio do fim da greve feito pelo governo, a
retomada dos serviços não será imediata, e é preciso que os produtos cheguem o
quanto antes para os consumidores”, manifestou o presidente da entidade,
Antonio Florêncio de Queiroz Júnior.
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