
O Sindigás esclareceu que, como o setor de GLP trabalha com uma
logística reversa, isso torna imprescindível o retorno dos botijões vazios às
bases para serem reabastecidos. “Há gás nas bases”, afirmou o sindicato.
Segundo a entidade, o problema consiste nas dificuldades de escoamento do produto
pelas rodovias do país.
“É necessário que grevistas e as autoridades que atuam nesse
momento de crise, como Polícia Rodoviária Federal (PRF); Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Exército, entre outros atores,
compreendam que o GLP é um produto essencial para o bem-estar da população e
que permitam o trânsito das carretas a granel e dos caminhões com os botijões,
sejam vazios ou cheios”, diz a nota.
Pele fato de o GLP ser armazenável, o produto apresenta a vantagem
de permitir ao consumidor contar com uma reserva de até 22 dias, em média. O
Sindigás afirma que tanto grevistas como as forças policiais estão permitindo
apenas a passagem de caminhões com GLP granel para abastecer serviços
essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios. Mas não reconhecem
como abastecimento de um serviço essencial os caminhões com botijões de 13kg,
20kg, 45kg vazios ou cheios com nota fiscal a caminho das revendas. O sindicato
defende que isso é um equívoco, “pois o produto nessas embalagens também pode
ser destinado ao abastecimento de serviços essenciais”.
Carga e descarga
Em razão da greve, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) solicitou hoje ao prefeito
Marcelo Crivella a liberação dos horários de operação de carga e descarga
durante, no mínimo, os próximos dez dias.
De acordo com a Fecomércio-RJ, o objetivo é facilitar a
normalização do fornecimento de produtos fundamentais à população, uma vez que
o comércio na cidade já vem experimentando prejuízos decorrentes do
desabastecimento. “Mesmo com o anúncio do fim da greve feito pelo governo, a
retomada dos serviços não será imediata, e é preciso que os produtos cheguem o
quanto antes para os consumidores”, manifestou o presidente da entidade,
Antonio Florêncio de Queiroz Júnior.
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