
Em nota nesta segunda-feira, a Petrobras explicou que o aumento
segue a alta dos preços globais do produto, que acompanharam o petróleo tipo
Brent, negociado atualmente perto dos maiores níveis em mais de dois anos,
acima de 60 dólares o barril.
“O reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto
nos mercados internacionais, que acompanharam a alta do Brent”, disse a
estatal.
O preço do petróleo Brent, no entanto, subiu pouco mais de 30 por
cento no acumulado desde o início de junho, quando passou a vigorar a nova
política de gás da Petrobras, que tem tido impacto direto para o bolso dos
consumidores.
Na época, a empresa informou que os preços do gás de cozinha são
formados pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado
europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar,
acrescida de uma margem de 5 por cento.
Explicou ainda que, por questões de regulação governamental, a
fórmula não inclui a necessidade de a empresa manter suas margens em linha com
paridade de importação, o que acontece com outros combustíveis, uma vez que o
gás é bem de primeira necessidade da população.
A propósito, os reajustes do gás de botijão têm sido fator de alta
na composição do índice de inflação, assim como os preços da gasolina, que
estão em níveis recordes, junto com as tarifas de energia elétrica.
Pelos cálculos do Sindigás, associação das empresas distribuidoras
de gás liquefeito de petróleo, o preço praticado pela Petrobras para as
embalagens de até 13 quilos ainda está cerca de 1,3 por cento abaixo do preço
de paridade internacional, com o reajuste anunciado nesta segunda-feira.
A Petrobras destacou em nota que reflexos do reajuste para o
consumidor vão depender de repasses feitos especialmente por distribuidoras e
revendedores.
Caso a elevação de 8,9 por cento do preço seja repassada
integralmente ao consumidor, a Petrobras calcula que o botijão poderá ser
reajustado, em média, em 4 por cento ou cerca de 2,53 reais por botijão,
considerando a manutenção das margens de distribuição e de revenda e as
alíquotas de tributos.
O último reajuste ocorreu há cerca de um mês, quando a Petrobras
elevou o botijão de gás 4,5 por cento, que se seguiu a uma alta de 12,90 por
cento em outubro.
A alteração anunciada nesta segunda-feira não se aplica ao GLP
destinado a uso industrial e comercial, cujo preço foi elevado pela Petrobras
no sábado em 5,3 por cento, também devido as cotações internacionais.
No acumulado desde o início de julho, o GLP industrial da Petrobras
registra aumento de cerca de 36 por cento.
Fonte: Reuters
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