
Pela proposta, tanto os servidores públicos quando os
trabalhadores da iniciativa privada só poderão se aposentar aos 65 anos de
idade. A nova regra só valerá, caso aprovada pelo Congresso, para os
trabalhadores com menos de 50 anos.
Quem tem mais de 50 anos, ficaria submetido ao regime
atual, mas teria de pagar um “pedágio” proporcional ao tempo que falta para a
aposentadoria.
De acordo com o texto, mulheres e professores teriam um
tratamento diferenciado.
Para eles, a idade de transição não seria de 50 anos, mas
45. Ou seja, a regra valerá para aqueles que ainda não completaram 45 anos.
O tempo de contribuição, pela proposta, teria peso para o
valor do benefício.
Como é atualmente
Atualmente, não há idade mínima para aposentadoria.
Para receber a aposentadoria integral, o homem tem de ter
contribuído com a Previdência por 35 anos ou a soma de sua idade mais o tempo
de contribuição tem de ser 95 anos.
No caso das mulheres, são 30 anos de contribuição ou 85
anos, se somados o tempo de contribuição e a idade.
Governo explica
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, explicou ao
Jornal Nacional que o ponto de partida do governo é convencer a sociedade da
urgência da reforma previdenciária. Segundo o governo, o déficit da Previdência
é crescente e deve chegar a R$ 200 bilhões em 2017.
“A gente, quando tem dúvida, veja como o mundo resolveu
essas questões. O mundo resolveu com a idade mínima. O Brasil não vai querer
ser o ‘Joãozinho’ do passo certo. Também vai resolver com idade mínima, porém
nós não vamos criar esse sistema agora”, explicou Padilha.
“No primeiro sistema previdenciário de 1934 do governo do
presidente [Getúlio] Vargas, a idade mínima era 65 anos e lá a expectativa de
vida era 37 anos. Hoje, nós queremos os mesmos 65 com uma expectativa de vida
de 78 anos. [...] A capacidade da União pra poder fazer essa reposição, ela
está no limite. Nós temos que encontrar uma forma de estabilizar num primeiro
momento e depois cair essa responsabilidade”, disse.
G1
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