quarta-feira, maio 18, 2016
Ceará já tem 97 casos de microcefalia confirmados; 16 bebês morreram
De outubro de 2015 a 16 de maio de 2016, o Ceará confirmou
97 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de
infecção congênita, de acordo com informe epidemiológico da Secretaria de Saúde
do Estado (Sesa) divulgado nesta terça-feira (17).
Do total de bebês com a malformação craniana, 28 morreram;
destes, 16 óbitos ocorreram em consequência da microcefalia ou alteração do
sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação. Outras 12 mortes
continuam em investigação.
No período, foram notificados 481 casos suspeitos desde o
início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 231 permanecem sob
investigação. Outros 164 foram descartados por apresentarem exames normais, ou
por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não
infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso.
De acordo com o Ministério da Saúde, esses dados não
representam – adequadamente – a totalidade do número de casos relacionados ao
vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães
que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
O Ministério da Saúde ressalta que investiga todos os casos
de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados
pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções
congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos
além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola,
Citomegalovírus e Herpes Viral.
Microcefalia
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com
um crânio de um tamanho menor do que o normal – com perímetro inferior ou igual
a 32 centímetros (até este ano o Ministério da Saúde adotava 33 cm, mas a
medida foi alterada de acordo com parâmetros da Organização Mundial da Saúde).
A condição normal é de que o crânio tenha um perímetro de pelo menos 34
centímetros. Essas medidas, no entanto, valem apenas para bebês nascidos após
nove meses de gestação, e não são referência para prematuros.
Na maior parte dos casos, a microcefalia é causada por
infecções adquiridas pelas gestantes, especialmente no primeiro trimestre de
gravidez – que é quando o cérebro do bebê está sendo formado. De acordo com os
especialistas, outros possíveis causadores da microcefalia são o consumo
excessivo de álcool e drogas ao longo da gestação e o desenvolvimento de
síndromes genéticas, como a síndrome de Down.
Pesquisas
Pesquisadores brasileiros descobriram que o agente
infeccioso que se espalhou pelo Brasil é resultado de uma mutação que criou um
tipo novo de vírus muito mais perigoso e que ataca as células dos cérebros dos
bebês. Segundo eles, esse é uma vírus diferente do que foi identificado em
Uganda, na África, em 1947.
"Foram mutações que tornou o vírus zika capaz de
entrar no sistema nervoso central das pessoas com mais facilidade.
O vírus africano infecta e destrói logo a célula. O nosso
vírus opera a diferenciação da célula". explica Amílcar Tanuri,
virologista e pesquisados da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Assim, a infecção impede que as células troco virem
neurônios, que são as células do cérebro. Sem a multiplicação dos neurônios, o
cérebro dos bebês não cresce, mostra a pesquisa.
G1/CE
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