O Dia
Internacional da Mulher tem pouco a ser comemorado no Ceará. Os altos índices
de assassinatos de mulheres fazem o Estado apresentar uma das piores taxas de
mortes de pessoas do sexo feminino. Em 12 anos, nada menos que 1.970 foram
vítimas de assassinato.
Somente nos
dois primeiros meses de 2016, foram 48 casos, sendo 20 no Interior, 15 na
Região Metropolitana e outras 13 em Fortaleza.
Assim como
nos casos de mortes de homens, a maioria dos crimes vitimando mulheres no Ceará
é praticada com o uso de arma de fogo.
Adolescentes, jovens, mulheres adultas e até idosas são mortas por
motivos diversos, mas a maioria em crimes passionais, sexuais (estupros
seguidos de assassinato) ou envolvimento com o tráfico de entorpecentes, além
dos casos de latrocínios (roubo seguido de morte).
No ano
passado, 13 adolescentes (idades entre 12 e 18 anos incompletos) foram
assassinadas no Estado. Além disso, outras sete tornaram-se vítimas de
latrocínios, isto é, acabaram mortas quando eram atacadas por assaltantes. Entre
elas, uma policial civil lotada na Inteligência da Secretaria da segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS).
Número
Nestes 12
anos pesquisados, um deles se destacou pela queda brusca no número de mulheres
assassinadas no ceará. Foi 2008, quando
a taxa de morte desse gênero atingiu o menor patamar: 93 casos. Aquele também era o ano do segundo
aniversário da Lei Maria da Penha, mecanismo legal que entrou em vigor em 22 de
setembro de 2006 com o objetivo de inibir a violência contra a mulher.
No entanto,
nos anos seguintes, as taxas foram crescendo ano a ano, chegando a 272 casos em
2014.
Veja a
seguir as taxas de assassinatos de mulheres no Ceará:
2005 (118)
2006 (135)
2007 (118)
2008 (93)
2009 (136)
2010 (153)
2011 (182)
2012 (200)
2013 (214)
2014 (272)
2015 (244)
2016 (48)*
(*) Até o
dia 8.3.2016
Blog do
Fernando Ribeiro
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