quarta-feira, setembro 07, 2016
07 DE SETEMBRO – DIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A Independência do Brasil é celebrada em todo dia 07 de
setembro. Essa comemoração acontece desde a época do Primeiro Império, que, a
cada ano, rememorava a ocasião em que o país se tornou independente de Portugal
no ano de 1822. O processo de independência do Brasil teve como principais
atores históricos, além do príncipe regente D. Pedro (que se tornou o imperador
D. Pedro I), alguns representantes da elite interessada na ruptura entre Brasil
e Portugal. Entre esses representantes, encontrava-se aquele que também se
tornou um dos maiores articuladores do Império, José Bonifácio de Andrada e
Silva.
De certa forma, a possibilidade de um “Brasil independente”
remonta à época da vinda da família real para o Brasil em 1808, acontecimento
que inaugurou em nosso país o chamado Período Joanino. D. João VI veio com sua
corte para o Brasil por ter se recusado a ser conivente com a política do
Bloqueio Continental, imposta por Napoleão Bonaparte contra o Reino Unido. Como
Portugal possuía importantes acordos econômicos com os ingleses, D. João VI
achou por bem desobedecer às ordens do imperador francês e abandonar a
Península Ibérica, sendo escoltado por navios ingleses até a costa brasileira.
Nessa época, o Brasil foi alçado à condição de Reino Unido,
junto a Portugal e Algarves, deixando assim a condição de ser colônia. Muitas
das ações empreendidas por D. João VI no Brasil durante o período em que aqui
esteve (1808-1821) colaboraram para que o país ganhasse uma relevância que
ainda não possuía. Essa relevância tinha dimensões econômicas, políticas e
culturais. Entretanto, nos anos que seguiram após o fim da Era Napoleônica
(1799-1815), Portugal passou por intensas turbulências políticas. Essa situação
exigiu a volta do rei D. João VI com sua corte em 1821.
O rei português deixou no Brasil como seu representante D.
Pedro, seu filho, que recebeu o título de príncipe regente. Durante o ano de
1821 e até os primeiros dias do mês de setembro de 1822, as turbulências
políticas de Portugal fizeram-se refletir também no Brasil. As assembleias que
ocorriam em Lisboa (que contavam também com representantes brasileiros)
ganhavam pautas que defendiam o retorno de Portugal como o centro político do
referido Reino Unido e, por consequência, a submissão do Brasil à sua posição.
Ao mesmo tempo, em terras brasileiras, o príncipe regente,
orientado por representantes das elites políticas locais, promovia uma série de
reformas que desagradavam as elites lusitanas. As ações de de D. Pedro
mobilizaram a corte portuguesa a pedir a sua volta imediata para Portugal no
início de 1822. D. Pedro recusou-se a abandonar o Brasil e, em 09 de janeiro,
optou pela sua permanência no país. Esse dia ficou conhecido como Dia do Fico.
As indisposições entre Portugal e Brasil continuaram ao
longo do primeiro semestre de 1822. Esse período de intensas discussões e
propostas direcionadas à efetivação da independência foi exaustivamente
estudado por muitos historiadores, tanto portugueses quanto brasileiros. No
Brasil, destacam-se os nomes de Oliveira Lima e Nelson Werneck Sodré. No mês de
setembro, as cortes portuguesas deram um ultimato para D. Pedro voltar para
Portugal, sob ameaça de ataque militar. O príncipe que estava em viagem ao
estado de São Paulo recebeu a notícia e, antecipando uma decisão que já estava
quase nas “vias de fato”, declarou o país independente às marges do rio
Ipiranga, no dia 07. Esse gesto implicaria a futura organização do país
enquanto nação e enquanto império, um projeto que não era fácil de ser
conduzido, como acentua o historiador Boris Fausto:
“Alcançado em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho
Ipiranga, dom Pedro proferiu o chamado Grito do Ipiranga, formalizando a Independência
do Brasil. Em 1° de dezembro, como apenas 24 anos, o príncipe, regente era
coroado Imperador, recebendo o título de dom Pedro I. O Brasil se tornava
independente, com a manutenção da forma monárquica de governo. Mais ainda, o
novo país teria no trono um rei português. Este último fato criava uma situação
estranha, porque uma figura originária da Metrópole assumia o comando do país.
Em todo de dom Pedro I e da questão de sua permanência no trono muitas disputas
iriam ocorrer, nos anos seguintes.” [1]
NOTAS
[1] FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora
da Universidade de São Paulo, 2013. p 116.
Por Me. Cláudio Fernandes
Tags
Cultural#
EVENTOS#
Notícia Local#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Notícia Local
Tags
Cultural,
EVENTOS,
Notícia Local
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós