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quarta-feira, setembro 11, 2019

Servidores dos Correios aderem à greve e param atividades no Ceará


Trabalhadores dos Correios fazem manifestação em frente à agência de Iguatu, no interior do Ceará, no primeiro dia de greve da categoria — Foto: Wandenberg Belém/Sistema Verdes Mares


Funcionários dos Correios no Ceará aderiram à greve nacional da categoria e pararam as atividades em agências de Fortaleza e em cidades do estado nesta quarta-feira (11). Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares do Ceará (Sintect-CE), servidores de outras unidades no estado devem reforçar a paralisação, fechando as agências.

Conforme o diretor de imprensa sindicato, Cláudio Cruz, ainda não há confirmação do número de agências e servidores que pararam as atividades nesta quarta, primeiro dia da greve que ocorre também em outros estados.

Trabalhadores realizam manifestações na sede dos Correios no Centro de Fortaleza e em frente a agências no interior do estado. Conforme o sindicato, a principal reivindicação é um aumento salarial de 3,2%, em vez do reajuste de 0,8% proposto pelo Governo Federal.

O grupo também é contra a privatização da estatal, que foi proposta no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.

Atualmente, segundo os Correios, há 2.262 empregados ativos no Ceará. A empresa está presente nos 184 municípios do estado e disponibiliza ao público 768 pontos de atendimento, sendo 201 agências próprias, além de agências terceirizadas e comunitárias. Os Correios afirmam que, até o momento, não há suspensão de nenhum serviço.


Prejuízo de R$ 3 bilhões
Os Correios informaram por meio de nota que participaram de dez encontros na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões.

Conforme a direção dos Correios, as federações reivindicam "propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso pela estatal".

A empresa disse que o principal compromisso da direção é conferir à sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população.

Atendimento mantido
Em nota, os Correios informaram que a paralisação não afeta os serviços de atendimento da estatal. "Levantamento parcial realizado na manhã desta quarta-feira (11) mostra que 82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. No Ceará, 84,28% dos empregados estão trabalhando normalmente", informou.

A empresa destaca, ainda, que já colocou em prática medidas para minimizar os impactos à população, como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões.

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