Macaco-prego espalhou fósforos próximo de um vasilhame contendo
gasolina, o que assustou moradores. — Foto: Alex Pimentel / Sistema Verdes
Mares
A comunidade Floresta dos Domingos, localizada a 5 km da sede de
Boa Viagem, no Sertão Central cearense, viveu dias de tensão por causa de um
macaco-prego. Desde o início do mês, o animal estava visitando algumas
residências da comunidade rural onde residem 20 famílias. A solução, para
evitar que fosse ferido ou abatido, foi prendê-lo. A iniciativa partiu do
agente sanitarista da Vigilância Sanitária do município, Ernandes Brito.
"Um morador de Floresta, o amigo Ademar Soares, conquistou a
confiança do macaquinho. Como é muito dócil, não foi difícil coloca-lo em uma
gaiola até ter um destino e um lar seguro", explicou.
Segundo a dona de casa Rosilene Mendes, o macaco começou a aparecer
na casa dela no início deste mês. "Ele apanhou um ovo no ninho da galinha,
levou para a cozinha, quebrou e comeu apenas a gema. Também encontrei uma caixa
de fósforos, espalhada, e um vasilhame contendo gasolina, onde fica o fogão.
Foi a primeira vez que vi um macaco de perto", destaca.
Rosilene também pontua que o animal aparenta ter sido domesticado,
informação esta confirmada pelo agente sanitarista. "O macaco tem uma
cordinha amarrada na cintura, demonstrando pertencer a alguém, mas sem
identificação", comenta.
Agente sanitarista Ernandes Brito capturou o macaco com a ajuda de
moradores. — Foto: Alex Pimentel / Sistema Verdes MaresAgente sanitarista
Ernandes Brito capturou o macaco com a ajuda de moradores. — Foto: Alex
Pimentel / Sistema Verdes Mares
Agente sanitarista Ernandes Brito capturou o macaco com a ajuda de
moradores. — Foto: Alex Pimentel / Sistema Verdes Mares
Destino
O macaco-prego está no Parque de Vaquejada de Boa Viagem, que
pertence à Prefeitura, sob os cuidados da Vigilância Sanitária. O município
aguarda posicionamento do Ibama para definir o destino do animal. Por enquanto,
ele não pode ser solto porque foi domesticado e teria que ser feita uma
readaptação ao habitat natural.
Orientações
O chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama no Ceará, Miller
Holanda Câmara, informou que a melhor maneira para evitar as invasões
desagradáveis de animais dessa espécie é não deixar alimentos expostos e
bloquear os acessos ao interior dos imóveis.
"Tirando do alcance tudo que possa lhe chamar a atenção, ele
perde o interesse e vai embora. Esses animais são muito espertos",
explicou o especialista.
Sobre a origem do animal, Miller também acredita na hipótese de que
ele tenha fugido de algum cativeiro. Ele destaca que o macaco-prego é comum no
Ceará, mas geralmente habita matas mais preservadas e isoladas. As outras
espécies mais vistas são o guariba e o sagui.
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