quarta-feira, agosto 21, 2019
Home
Noticia Regionais
Saúde
Hospitais estaduais do Ceará registram número de mortes acima da meta no mês de julho
Hospitais estaduais do Ceará registram número de mortes acima da meta no mês de julho
Três dos oito hospitais
públicos estaduais do Ceará registraram, entre janeiro e julho, mais óbitos do
que o “limite” estabelecido para cada unidade. De acordo com o portal Integra
SUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), os hospitais Geral de Fortaleza
(HGF), Waldemar de Alcântara (HGWA) e São José (HSJ) não se adequaram, em
julho, às metas estabelecidas para a taxa de mortalidade institucional, que
contabiliza a razão entre as mortes de pacientes após pelo menos 24h de
hospitalização e o total de saídas do hospital.
De acordo com o Ministério da Saúde, em decorrência do aumento da
resolutividade dos procedimentos hospitalares, “24 horas são tempo suficiente
para que a ação terapêutica e consequente responsabilidade do hospital seja
efetivada”. A taxa-limite, então, é estabelecida como meta para cada um dos
hospitais.
O secretário estadual da Saúde, Dr. Cabeto, explica que cada
hospital e cada perfil de gravidade têm uma mortalidade prevista, e considera
que “esse indicador isoladamente não é muito importante”. O titular da Sesa
reconhece, ainda, a necessidade de se estudar toda a cadeia de fatores por trás
das mortes. “Muitas vezes, os pacientes chegam ao hospital muito tarde, e é
possível que tenham feito uma peregrinação antes. O dado nos obriga a entender
o sistema como um todo”, garante, ressaltando que “o fato de ter muita
mortalidade não significa que aquele não seja um hospital seguro”.
Apesar disso, Dr. Cabeto aponta que, em unidades de alta
complexidade, “se espera mortalidade abaixo de 3%”. Segundo o gestor, os dados
do Integra SUS norteiam as mudanças necessárias para melhoria dos atendimentos
da rede estadual. “Nós colocamos meta de redução de 10% a 20% nos primeiros 100
dias, para que fiquemos sempre abaixo. Mas qualquer hospital deve se aproximar
da mortalidade zero”, afirma.
Metas
No HGF, o máximo que a taxa de mortalidade institucional deveria
atingir é de 6,1%: mas em julho deste ano, foi de 6,4%, mesmo número médio de
2018. Em 2019, o hospital não conseguiu se adequar em mês algum. No HGWA, a
meta é que haja, no máximo, 8,5% de óbitos: mês passado, porém, o índice foi de
9%, e o hospital também excedeu o percentual em maio, com 10,4%. Em 2018, a
taxa média na unidade foi de 8,9%.
Já no HSJ, especializado em doenças infecciosas, a meta é que a
taxa fique em 9,4%: em julho, o total foi de 9,89%, contra 9,95% médios
registrados no ano passado. O São José ultrapassou o limite de mortes em todos
os meses, exceto fevereiro e abril.
As três unidades de saúde estaduais também excederam os limites da
taxa de mortalidade hospitalar, que, ao contrário da institucional, se refere
às mortes de pacientes que estavam há menos de 24h no hospital, casos em que as
ações médicas ainda não são efetivamente responsabilizadas pelas mortes.
Neste indicador, a meta do HGF é totalizar, no máximo, 7,1% de
óbitos: em julho, o total foi de 7,4%, próximo à média de 2018, que teve taxa
de 7,5%. Neste ano, o Geral de Fortaleza ficou dentro do estabelecido apenas em
fevereiro, quando registrou 6,67% de mortes.
No HGWA, a meta é 9,1%, e chegou a 10,1% no mês passado. O hospital
também não conseguiu se adequar em maio nem em julho. Já o HSJ teve a maior
distorção: a meta era de 10,95% de óbitos, no máximo, e o total chegou a 11,7%.
Dos sete meses, a unidade referência em doenças infecciosas só atingiu as
próprias metas em janeiro, abril e junho.
Limite
Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) determina,
desde 2014, um limite de 24 horas para a permanência de pacientes em serviços
de urgência e emergência de hospitais, sejam eles públicos ou particulares.
Depois desse prazo, os médicos responsáveis devem dar alta, internar ou
transferir o paciente.
Analisando o número de pessoas que estiveram na emergência por mais
de 24h, nenhuma das três unidades com dados disponibilizados pela Integra SUS
alcançou a própria meta. No HGF, a meta é acolher 122 pessoas nessa situação.
Porém, nos primeiros sete meses deste ano, o valor oscilou entre 479 e 632
pessoas. No (HSJ), cuja meta é de apenas nove pessoas, o número variou de 26 a
244. No Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM), onde a meta é 55, houve
oscilação de 239 a 392.
No HGF, conforme a plataforma, os principais casos atendidos na
emergência são de acidente vascular cerebral (AVC), “pedras” nos rins, doenças
vasculares, dor abdominal aguda, vômito com sangue e cefaleia. No HSJ, a
maioria dos acolhimentos é por doença pelo vírus HIV e contato com outras
doenças transmissíveis. Já no HSMM, o perfil de atendimento emergencial é de
psicose, esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar.
O Hospital Geral de Fortaleza atendeu, de janeiro a julho deste
ano, 4.145 pessoas que tiveram permanência superior a 24 horas na emergência do
estabelecimento, que oferece serviços de 33 especialidades.
Tags
Noticia Regionais#
Saúde#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Saúde
Tags
Noticia Regionais,
Saúde
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós