Segundo a comissão de Direitos Humanos da OAB-CE, mais imigrantes
podem chegar nos próximos dias
Os venezuelan
os pedem dinheiro nas ruas para pagar a hospedagem
Um grupo com cerca de 40 refugiados venezuelanos está vivendo em
condições de extrema vulnerabilidade em Fortaleza. Segundo a Comissão de
Direitos Humanos da OAB-CE, entre eles estão muitas crianças, adolescentes e
mulheres grávidas vivendo em quartos alugados de dois imóveis em péssimas
condições no Centro, sem comida e sem roupas. Os imigrantes chegaram à Capital
por conta própria no último dia 16. E mais pessoas devem chegar nos próximos
dias, em situação semelhante.
Segundo a presidente da comissão da OAB, Virgínia Porto, destaca
que a situação dos imigrantes é preocupante. “Eles estão divididos em seis
quartos de dois imóveis antigos, com a cobertura danificada”, diz. “Eles não
têm roupas, não têm colchões e nem lençóis”, acrescenta.
Leia mais
> Imigrantes venezuelanos em Fortaleza devem ser reconhecidos
como refugiados, conforme orientação da ONU
Para cada quarto, eles pagam diárias de R$ 15 numa casa e R$ 20 na
outra. Para conseguir o dinheiro, os adolescentes vão a cruzamentos pedir ajuda
a quem para com o sinal fechado. A comissão levou mantimentos para eles, mas o
arrecadado ainda não é suficiente.
Refugiados estão divididos em seis quartos de dois imóveis alugados
no Centro.
Foto: João Pedro Ribeiro/SVM
Crise humanitária
Os imigrantes são de uma comunidade indígena que vinha sofrendo com
a crise humanitária na Venezuela. Eles entraram no País na condição de
refugiados e conseguiram chegar a Belém, no Pará. Lá, receberam propostas de
trabalho, conforme Virgínia Porto. Contudo, era uma situação análoga à
escravidão. “Então eles se desvencilharam e conseguiram chegar em Fortaleza de
ônibus”, explicou.
Segundo a advogada, mais refugiados podem chegar em condições
semelhantes nos próximos dias. A comunicação com eles é difícil, pois muitos
falam apenas um dialeto indígena.
Sem vacinas
Virgínia Porto alerta que a condição de saúde deles é outra preocupação.
“São muitas crianças doentes, as mulheres estão quase todas grávidas e não são
vacinadas, porque são indígenas que vieram dessa comunidade agrícola.
Palácio Abolição
Reunião
Para discutir a situação dos refugiados na Capital, a Comissão de
Direitos Humanos da OAB-CE se reúne na manhã desta quarta-feira (22) com a
vice-governadora do Ceará, Izolda Cela. Representantes da Pastoral do Imigrante
também participam do encontro.
Red; DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós