terça-feira, maio 21, 2019
Ministério da Saúde prepara campanha de vacinação contra sarampo
O Ministério da Saúde está preparando uma campanha de vacinação
contra o sarampo, que deverá ser iniciada em todo o país no dia 10 de junho. A
informação foi confirmada pelo próprio ministério.
Neste ano, o ministério já confirmou 83 casos de sarampo no país,
sendo 43 deles no Pará, 27 em São Paulo, quatro no Amazonas, três em Santa
Catarina, três em Minas Gerais, dois no Rio de Janeiro e um em Roraima. Deste
total, 27 são autóctones e todos eles de residentes no Pará. Os demais casos
foram importados de outro país ou ainda não foi possível identificar a fonte de
infecção. De janeiro a maio do ano passado, o ministério havia notificado 117
casos de sarampo no país, com dois óbitos.
Dos casos importados, 19 deles ocorreram em um surto da doença
dentro de um navio de cruzeiro em Santos, no litoral paulista. O mesmo navio
também provocou três casos de sarampo em Santa Catarina e um caso no Rio de
Janeiro.
O sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa, viral e contagiosa, transmitida
pela fala, tosse e espirro. Os sintomas da doença são febre alta [acima de
38,5º C], tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele e brancas
na mucosa bucal. A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. A vacina
que protege contra a doença é a tríplice viral, que também protege contra
caxumba e rubéola.
As complicações mais comuns do sarampo são infecções respiratórias,
otites, doenças diarreicas e doenças neurológicas. As complicações do sarampo
podem deixar sequelas, tais como a diminuição da capacidade mental, a cegueira,
a surdez e o retardo do crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte
de crianças e adultos.
Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde
(Opas), o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Em março
deste ano, no entanto, o Ministério da Saúde confirmou à Opas um caso de
sarampo endêmico ocorrido no Pará, no mês de fevereiro. Com isso, o Brasil
perderá a certificação de país livre da doença e precisará iniciar um plano
para retomar o título dentro de 12 meses.
Segundo o ministério, o governo federal estabeleceu a cobertura
vacinal como meta prioritária da gestão de saúde no país. Nessa agenda de
prioridades, o ministério lançou, em abril, o Movimento Vacina Brasil, buscando
reverter o quadro de queda das coberturas vacinais no país dos últimos anos.
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