A conta de luz terá um alívio de 4,9 pontos percentuais na conta de
luz em 2019 e 2020 devido à antecipação de um pagamento de uma dívida
bilionária que vinha sendo paga pelos consumidores de energia desde 2015.
Esse pagamento deverá implicar reajustes menores na conta de luz
neste ano. A projeção é que os reajustes deste ano fiquem em patamar estável,
segundo cálculo da TR Soluções (empresa especializada em tarifas de energia),
que não contabilizam o acionamento das bandeiras tarifárias.
Seis distribuidoras que já tiveram reajustes aprovados pela agência
desde o fim do ano passado terão revisões extraordinárias para amenizar os
aumentos: a Cepisa (Piauí), Ceron (Rondônia), Eletroacre, Energisa Borborema, e
as duas distribuidoras fluminenses, a Light e a Enel Rio.
Dívida
A dívida bilionária foi contraída em 2014. À época, mudanças
regulatórias e decisões do então governo de Dilma Rousseff (PT) fizeram com que
as companhias ficassem descontratadas, ou seja, com poucas usinas geradoras à
sua disposição.
A solução foi comprar energia no chamado mercado de curto prazo -em
que os preços variam mês a mês e, naqueles anos, estavam extremamente altos por
causa da seca.
O resultado foi uma conta de aproximadamente R$50 bilhões para as
distribuidoras e, consequentemente, para a conta de luz.
Para cobrir o rombo, os consumidores de energia brasileiros vinham
pagando parcelas mensais de cerca de R$700 milhões.
Ainda restavam R$8,8 bilhões a serem pagos até 2020. O acordo com
oito bancos firmado pela Aneel permitiu a antecipação desse pagamento, sob a
cobrança de uma taxa equivalente a R$ 140 milhões -valor menor do que os juros
que seriam cobrados caso as parcelas não fossem antecipadas.
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