quarta-feira, julho 04, 2018
Governo Trump quer fim de cotas raciais em universidades dos EUA
O governo de Donald Trump começará a orientar escolas e faculdades
a adotarem padrões de admissão neutros em termos de cor da pele, disse o
Departamento de Educação dos Estados Unidos nesta terça-feira, revertendo as
diretrizes da era Barack Obama que implementavam um sistema de cotas raciais em
processos de admissão para promover a diversidade.
A reversão está entre as ações de maior destaque do governo Trump
para desfazer a abordagem do governo Obama quanto à ração e à ação afirmativa.
O papel da cor da pele nas admissões universitárias tem alimentado um debate
acalorado por décadas, levando a inúmeras ações judiciais e, muitas vezes,
confrontando as universidades com decisões sensíveis.
Autoridades do governo Trump e críticos de ação afirmativa disseram
que as diretrizes de Obama, publicadas entre 2011 e 2016, foram além do
precedente da Suprema Corte dos EUA e encorajaram ativamente o viés racial,
além de levaram as escolas a acreditar que a ação afirmativa legal é mais
simples de alcançar do que a lei permite. “Só porque os tribunais decidiram que
alguns tipos de cotas são legalmente permissíveis, não significa que seja
apropriado para o governo federal encorajar tanto quanto as pessoas podem se
safar”, disse o presidente e conselheiro geral da organização Conselho para
Igualdade de Oportunidades, Roger Clegg, que se opõe à ação afirmativa no
ensino superior.
No lugar das diretrizes de Obama, o governo Trump está republicando
um documento do governo George W.Bush, que encoraja fortemente o uso de métodos
“neutros em relação à raça” para admitir estudantes nas escolas elementares e
secundárias. “A Suprema Corte determinou quais políticas de ação afirmativa são
constitucionais, e as decisões escritas da Corte são o melhor guia para navegar
nesta questão complexa”, disse a secretária de Educação, Betsy DeVos.
Anurima Bargava, que encabeçou a aplicação dos direitos civis nas
escolas sob o Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês) de Obama e
ajudou a elaborar os documentos do governo passado, disse que eles simplesmente
ofereciam diretrizes para escolas e faculdades que pretendiam continuar usando
ações afirmativas legalmente. Para ela, a ação de Trump sinaliza um não
favorecimento à diversidade racial. “A lei sobre isso não mudou e a Suprema
Corte decidiu duas vezes reafirmar a importância da diversidade”, disse
Bargava. “Este é um ataque puramente político e que não beneficia ninguém.”
As novas diretrizes não têm força de lei, mas representam o ponto
de vista legal do governo Trump. As escolas que mantêm as admissões conscientes
da raça podem arriscar investigações federais ou a perda de financiamento federal.
A medida vem à tona no momento em que o DoJ investiga se a Universidade de
Harvard está discriminando ilegalmente estudantes asiáticos, mantendo-os em um
padrão mais elevado do que outros candidatos. O governo Trump reviveu a
investigação no ano passado, depois que os funcionários de direitos civis de
Obama rejeitaram uma queixa semelhante.
Tags
Noticia Regionais#
Politica#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Politica
Tags
Noticia Regionais,
Politica
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós