Neste jogo, o brasileiro mostrou estabilidade em campo. Apesar de
não ter balançado as redes adversárias, cresceu de produção e deu o passe para
o gol de Thiago Silva. “Não estou reconhecendo o Neymar”, lamentava uma
torcedora no fim do jogo no Boteco do Imprensa, no bairro Dionísio Torres, onde
shots de vodka foram distribuídos a cada tombo do brasileiro.
“Estamos transmitindo todos os jogos da seleção, mas queríamos
atrair mais público, então pensamos em fazer essa promoção, seguindo o que
bares do Sul e Sudeste estão fazendo. Agora, só depende dele cair, ele tem de
cair”, brincou Pedro Neto, proprietário do bar.
Foi a primeira vez que o designer de interiores Rennê Santos, 25,
assistiu jogos da Copa no estabelecimento. Apesar de não acompanhar futebol,
ele vestiu roupas com as cores de bandeira do Brasil e foi torcer. “Achei essa
ideia da bebida (grátis) muito criativa. Confesso que estou torcendo mais pelo
Neymar cair que pelo gol, mas quero a vitória também”, disse.
O espaço no bairro Dionísio Torres foi tomado por torcedores com
olhares divididos entre o telão e o árbitro improvisado pelo bar para liberar a
rodada de bebida. Contradizendo a tradição do futebol, neste caso, o juiz era
ovacionado a cada aparição. Funcionário da administração, John Gomes recebeu um
apito e dois cartões: um amarelo e um verde, indicando aos garçons se o tombo
valeu. “Aqui não tem VAR, simulando ou não, libero bebida para todo mundo”,
disse.
Diante da escassez de quedas, a torcida passou a “simular”,
comemorando até quando outros atletas caíam. “A regra é clara, não foi ele”,
tentava argumentar John, fazendo gestos sugerindo ter revisto o lance por meio
do VAR. Após o segundo gol, com a classificação garantida, a torcida engrossou
o coro pedindo que o atleta se jogasse no chão, mas não adiantou. Ao longo de
todo o segundo tempo, apenas uma falta foi marcada. “Pensei que ia cansar de
liberar bebida, mas ele caiu pouco”, lamentou John, o árbitro, após o jogo. Opovo
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