
Além de homicídios dolosos, entram na estatística elaborada pelo
OBVIO outros crimes violentos que resultem em morte, como roubo (no
latrocínio), estupro ou lesão corporal seguidos de morte. Cadáveres e ossadas
encontradas e mortos em confrontos policiais também são considerados.
Especialista em segurança pública e coordenador do OBVIO, Ivênio
Hermes afirma que "nunca se matou tanto no Rio Grande do Norte". Ano
passado, entre 1º de janeiro e 14 de maio, o instituto havia contabilizado 702
homicídios. "Agora, com a marca de 900 neste mesmo período, temos um
crescimento no número de assassinatos na ordem de 28,21%. Isso significa uma
taxa de 22,66 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, uma das mais altas
do país", acrescentou.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) – é considerada
aceitável uma taxa de 10 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes –
mesma escala utilizada pela Organização das Nações Unidas, a ONU.
“As políticas públicas de enfrentamento da violência, mais uma vez,
se mostram ineficazes. Ações isoladas, com pouco respaldo em uma integração
entre as agências de polícia e suas inteligências, notoriamente não reduzem a
violência homicida e continuamos mantendo a média de 100 vidas perdidas a cada
15 dias”, comentou Ivênio.
Cidades mais sangrentas
Em Natal, foram 244
assassinatos entre 1º de janeiro e o início desta manhã, dia 14 de maio. Na
lista das cidades mais violentas do no estado, também preocupam:
Mossoró, com 97 homicídios contabilizados;
Parnamirim, com 60;
Ceará-Mirim, com 57.
Capital mais violenta do país
No início do mês, uma pesquisa elaborada e divulgada pela ONG
mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, revelou outro
dado preocupante ao apontar Natal, a capital potiguar, como a 10ª cidade mais
violenta do mundo. A lista, que possui 50 cidades, inclui 19 cidades
brasileiras. Destas, Natal é a primeira, com 69,56 homicídios para cada grupo
de 100 mil habitantes.
G1
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