Crime ocorreu no Hospital Gonzaguinha, da Barra do Ceará.
Uma enfermeira denunciou um homem por agressão no Hospital
Gonzaguinha da Barra do Ceará, em Fortaleza. Segundo a enfermeira, o paciente
exigia prioridade no atendimento. A agressão, ocorrida no domingo (1º) foi
filmada por câmeras de segurança. (Veja no vídeo acima.)
As imagens de câmeras do hospital mostram a enfermeira
vestida de azul parada perto de uma porta quando é puxada para dentro da sala.
Em seguida o homem sai da sala dando um golpe no pescoço da enfermeira. A
esposa do suspeito puxa uma outra profissional pelos cabelos. As pessoas que
aguardam atendimento tentam impedir a agressão e um idoso que estava próximo ao
local teve que ser retirado do corredor.
Ainda machucada, a enfermeira disse que está abalada e com
muito medo. “Naquele momento eu fui me certificar de que as crianças estavam
sendo atendidas. Foi no momento que fui surpreendida por ela. Depois alguém me
arrasta pelos cabelos e receber golpes no rosto. O marido dela vê tudo e me dá
também uma gravata e sai me arrastando me enforcando”, disse.
De acordo com os funcionários do Hospital Gonzaguinha, as
duas filhas do casal tinham passado pelo atendimento na sala de acolhimento. A
mãe disse que as crianças estavam vomitando. Uma estava com um quadro mais
grave, mas ambas foram classificadas na cor verde -- com atendimento menos
urgente --, para que fossem atendidas juntas. Mas, segundo a enfermeira, a mãe
delas queria que a servidora mudasse as informações escritas na ficha.
“Todas foram atendidas e tiveram atendimento. Esse é meu
papel. São protocolos do Ministério da Saúde e ele já tem lá. Não fui eu que
inventei a classificação mas sim o ministério”, explicou
Unidade com poucos pacientes
A diretoria técnica do hospital, Lúcia de Fátima Andrade,
disse que não havia motivo para que o casal agir com tanta violência. De acordo
com Lúcia de Fátima a unidade estava em um dia com pouco pacientes.
“Estávamos com a casa tranquila com fluxo de pacientes
tranquilo. Duas pediatras e enfermeiros. A enfermeira disse que as crianças iam
ser atendidas sem problemas”, assegurou.
Apoio a enfermeira
De acordo com a administração do hospital, o agressor foi
identificado. Trata-se de Bruno Vitor de 30 anos e já foi candidato a vereador
em 2012. A Associação dos Enfermeiros vai prestar todo apoio jurídico e
psicológico para a enfermeira.
Bruno Victor, denunciado pela enfermeira foi procurado por
telefone e ele disse que só iria se pronunciar depois de ver a reportagem.
Houve uma nova tentativa de falar com Bruno Victor na manhã
desta quinta-feira e ele disse que gostaria de falar e ficou de marcar o local
da entrevista. Só que, depois disso, não atendeu mais as nossas ligações.
Ceará, Fortaleza, Ministério da Saúde
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