De acordo com o titular do 29º Distrito Policial, o casal só parou
de bater na criança quando ela desfaleceu após as agressões.
Um choro durante a madrugada. Esse foi o motivo pelo qual mãe e
padrasto mataram a pequena Maria Esther, de 1 ano e 10 meses nesta terça-feira
(20), de acordo com informações divulgadas em entrevista coletiva, na tarde
desta quarta-feira (21) no 29º Distrito Policial, no Bairro Paçujara, em
Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.
O corpo foi encontrado enrolado em um lençol, na manhã desta
quarta-feira, em um matagal próximo da Estrada dos Macacos, no bairro Bom
Retiro, em Pacatuba. A mãe e o padrasto de Maria Esther foram presos em
flagrante por envolvimento no crime.
Segundo Daniel Coelho, titular da delegacia do 29º DP, o padrasto
Franciel Lopes de Macedo, se incomodou com o choro da criança na madrugada e
reclamou para a companheira Ana Cristina Farias Campelo, que espancou a vítima
que ficou desfalecida. Depois das agressões, a criança continuava chorando e o
padrasto, além de ajudar a bater, pegou a menina e a jogou no chão.
Ainda de acordo com o delegado, Ana Cristina não queria desagradar
o atual companheiro com uma criança de outro relacionamento. "Ela é uma
mulher muito fria. Não tinha interesse em criar a criança. Além disso a menina
tinha problema de convulsões, chorava e isso incomodava muito o padrasto",
disse.
Após o casal ter cometido o crime nesta terça-feira(20) e procurado
a delegacia para registrar um boletim de ocorrência alegando que a criança
tinha sido levada dos braços da mãe por um casal em um veículo no bairro
Pajuçara, em Maracanaú, os policiais começaram as investigações. Os agentes
visitaram parentes e amigos para saber da conduta do casal em relação a Maria
Esther.
A irmã de Franciel e a mãe de Ana Cristina relataram ter ouvido o
choro da criança na madrugada de terça, além de terem visto os dois saindo com
a menina enrolada em um lençol.
O casal foi preso, indiciado por homicídio qualificado e
encaminhado para Delecagia de Capturas, em Fortaleza, onde permanece à
disposição da Justiça.
(Diário do Nordeste)
Foto: Emanoela Campelo
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