segunda-feira, julho 22, 2019
Banco Central apreende mais de 3 mil notas falsas no Ceará em 2019
Resultado é 28% menor que do 1º semestre do ano passado, mas também
está 23% acima do apreendido em igual período de 2017. Segundo o BC, maior
número de apreensões acontece no interior e na periferia de Fortaleza.
A quantidade de cédulas falsificadas apreendidas pelo Banco Central
(BC) no Ceará caiu 28,3% nos primeiros seis meses deste ano em comparação a
igual período do ano passado. De acordo com dados da instituição, foram 3.267
notas falsificadas retiradas de circulação no primeiro semestre do ano – frente
ao total de 4.559 cédulas apreendidas em igual período do ano passado. Ainda
assim, o resultado foi 23% superior ao do primeiro semestre de 2017, quando
2.649 notas falsas foram identificadas.
A estatística, porém, não representa um diminuição nas tentativas
de fraudar o sistema financeiro ou uma redução de eficiência na fiscalização.
Segundo Raimundo Augusto Fernandes Filho, coordenador do Departamento do Meio
Circulante (Mecir) do Banco Central em Fortaleza, o número é considerado normal
para o período, permanecendo no mesmo patamar que nos primeiros semestres de
2018 e 2017, apesar das oscilações observadas no período apresentado. Em
relação a todo o ano passado, foram recolhidas neste ano 28,59% do total apreendido
em 2018.
“Não houve nenhuma iniciativa nova nos últimos anos e o número de
notas apreendidas pode ser considerado normal para o primeiro semestre desse
ano. Mas a gente sempre reforça que as pessoas prestem atenção na hora de
receber uma cédula para não cair em golpes”, disse Fernandes.
O coordenador do Mecir ainda disse que o Banco Central oferece um
curso gratuito para a população no qual são ensinados todos os mecanismos de
identificação de uma nota verdadeira. Para ter acesso ao material é necessário
apenas entrar em contato com a instituição financeira.
Conhecimento
Fernandes ainda comentou que o maior número das apreensões
acontecem no Interior do Estado e na periferia da Capital cearense. Segundo
ele, há uma relação clara entre a falta de conhecimento do sistema de
identificação das notas e o número de casos de fraudes envolvendo as cédulas
fraudulentas.
“Os falsários sempre procuram pessoas que eles julgam ter pouco
conhecimento, então acabam indo mais no Interior mesmo. Mas aqui em Fortaleza,
a gente também percebe um número grande de notas falsas sendo repassadas na
periferia, nos bairros afastados”, disse o coordenador.
Cautela
Os principais tipos de notas escolhidos para a falsificação são as
mais altas, de R$ 100, que acumularam, em 2019, 42% (1.404) do total, somando
todas as versões apreendidas no Estado. As notas de R$ 50 aparecem logo em
seguida, com 36,98% (1.208). As de R$ 20 somaram 9,88% (323).
(Diário do Nordeste)
Blog; Eriv ando Lima
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