Após várias declarações polêmicas dentro do BBB19, a Decradi
(Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) do Rio de Janeiro abriu
inquérito para investigar crimes de racismo e intolerância religiosa cometidos
por participantes. O inquérito foi confirmado nesta terça-feira, 11, em nota da
Polícia Civil ao portal Notícias da TV.
"De acordo com informações da Delegacia de Crimes Raciais e
Delitos de Intolerância, foi instaurado inquérito para apurar o ocorrido. As
investigações estão sob sigilo", informou a nota.
Um dos casos mais recentes é quando Maycon se sente incomodado ao
ver Gabriela e Rodrigo dançando juntos, ao som da música “Identidade”. “Eu
senti um arrepio. Começou a tocar umas músicas esquisitas, daí eu olhei pros
dois, num sincronismo legal. Achei legal, juro por Deus. De repente, comecei a
olhar e escutar uns negócios. 'Não faça igual a eles'. Aí veio Jesus Cristo.
'Se você fizer igual a eles, eles ganharão mais força'. Eu não sou doido”,
afirmou Maycon.
Em outro momento, em conversa com Paula e Hariany, Maycon comentou
que não iria aceitar cigarro de Gabriela. Na conversa, Paula afirma: "Os
‘treco’ adora cigarro e fumar. Eu não vou falar o nome desse espírito aí, mas a
pessoa da oferenda quer cigarro, bebida, pra eles. Nosso Deus é maior".
Além da intolerância religiosa, casos de racismo já vinham sendo
apontados por internautas. Paula desde o início da edição promove comentários
considerados como racistas pelo público. Em uma das conversas, ela contou a
história de uma mulher que havia sido esfaqueada pelo marido. Ao contar como
era a aparência do homem, ela afirma: “E aí eu pensei que ia chegar mó
faveladão lá, e quando eu vi o cara era branquinho”.
Em outro momento, Paula se referiu ao cabelo cacheado como “cabelo
ruim”.
A hashtag #BastaDeRacismoNoBBB esteve entre os assuntos mais comentados
do Twitter no domingo. A tag teve como objetivo pedir que o programa tomasse
providências quanto aos casos.
O POVO
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