O volume de consumidores brasileiros com contas em atraso e
registrados em lista de devedores voltou a crescer em outubro e acelerou frente
o mês anterior. De acordo com dados apurados pela Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil),
a quantidade de inadimplentes cresceu 4,22% no mês de outubro na comparação com
igual mês do ano passado. Em setembro deste ano, frente 2017, a alta havia sido
de 3,86%. Em números absolutos, estima-se que 62,89 milhões de brasileiros
estejam com o CPF restrito para fazer compras a prazo ou contratar crédito,
informa a assessoria de imprensa da entidade.
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a
inadimplência do consumidor continua elevada mesmo com o fim da recessão, pois
a recuperação econômica segue lenta e ainda não impactou de forma considerável
o mercado de trabalho. “A retomada do ambiente econômico acontece de forma
gradual e ainda demorará para termos um aumento expressivo do número de
empregos e renda, fatores que impactam de forma positiva tanto no pagamento de
pendências quanto na propensão ao consumo das famílias”, analisa o presidente.
Sudeste lidera
O aumento da inadimplência foi puxado, principalmente, pela região
Sudeste, cuja alta observada em outubro foi de 13,30%. Nas demais regiões, as
altas foram menos intensas como 5,31% no Norte; 4,11% no Sul; 3,91% no Nordeste
e 1,61% no Centro-Oeste.
De acordo com a estimativa, além de ter apresentado o maior
crescimento da inadimplência em outubro, o Sudeste é, em termos absolutos, a
região com o maior número de negativados: 26,10 milhões de pessoas estão nessas
condições por não terem quitado suas contas, o que representa 39% da população
adulta residente na região.
Em seguida aparecem o Nordeste, que conta com 17,42 milhões de
negativados, ou 43% da população adulta; o Sul, com 8,48 milhões de
inadimplentes (37% da população adulta); o Norte, com 5,86 milhões de devedores
(48% – o maior percentual entre as regiões) e o Centro-Oeste, com um total de
5,02 milhões de inadimplentes (42% da população).
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