
Irmão de Moa, Germinio do Amor Divino Pereira, 51 anos,
também foi atingido com um golpe de faca no braço direito durante a confusão e
foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde permanece internado e
sedado. Na ocorrência do posto policial do HGE, testemunhas identificaram o autor
das facadas como Paulo Sergio Ferreira.
Segundo o irmão das vítimas, Reginaldo Rosário, 68 anos,
Moa estava bebendo com ele e o irmão que foi ferido, no Bar do João, quando o
autor da facada teria começado a defender a ideias do candidato do PSL e ouviu
críticas do capoeirista.
"Moa ponderou que ele era negro e que o cara ainda
era muito jovem e que não sabia nada da história. Moa disse ainda que ele tinha
consciência do quanto o negro lutou para chegar onde chegou e o quanto
Bolsonaro poderia tirar essas conquistas se chegasse ao poder", disse
Reginaldo.
Autor do crime foi em casa buscar uma faca
Ainda de acordo com o irmão das vítimas, após a discussão
acalorada um dos irmãos teria pedido que Moa ficasse calmo, no entanto, após a
situação ter sido contornada, o autor da facada teria ido em casa, retornou com
uma faca e já foi atacando a vítima, a
atingindo nas costas com uma peixeira. "Foi tudo muito
rápido", disse.
A filha do artista Moa, Jesse Mahi, disse que o pai tinha
um comportamento tranquilo e que se mostrava favoráveis às ideias do Partido
dos Trabalhadores (PT), mas nunca tinha se envolvido em discussões políticas.
"O legado dele não acabou, existe muito a ser feito.
Meu pai era fanático pelo partido, ele nunca foi a favor dos princípios da
direita", disse.
Uma amiga do compositor, Inácia Alves, 51, diz que Moa
era um agitador cultural do bairro que sempre foi preocupado com a conquista
das minorias. "Não consigo descrever tanto ódio. É só o começo do que está
por vir. Essa atitude representa o partido e suas ideias", lamenta.
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