sábado, setembro 01, 2018
Contas públicas ficam negativas em R$ 3,401 bilhões em julho
O setor público consolidado, formado pela União, os estados e
municípios, registrou saldo negativo nas contas públicas em julho, de acordo
com dados divulgados hoje (31) pelo Banco Central (BC). O déficit primário,
receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, ficou em R$ 3,401
bilhões, resultado menor do que de igual período de 2017, quando chegou a R$
16,138 bilhões.
Em julho, o resultado negativo veio do Governo Central
(Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), que apresentou déficit
primário de R$ R$ 2,677 bilhões, uma melhora em relação ao déficit de R$ 13,977
bilhões em julho de 2017.
De acordo com o chefe adjunto do Departamento de Estatística do BC,
Renato Baldini, isso se deve ao aumento da arrecadação do governo federal,
incluindo royalties do petróleo. Em julho, o resultado do governo federal foi
positivo em R$ 12,010 bilhões, enquanto a Previdência apresentou déficit de R$
14,547 bilhões.
Os governos estaduais e municipais também tiveram saldo negativo.
Os governos estaduais de R$ 937 milhões, e os municipais, de R$ 912 milhões. As
empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos
Petrobras e Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 1,124 bilhão no
mês passado.
Nos sete primeiros meses do ano, houve déficit primário de R$
17,825 bilhões, contra resultado também negativo de R$ 51,321 bilhões em igual
período de 2017.
No acumulado em 12 meses encerrados em julho, as contas públicas
ficaram com saldo negativo de R$ 77,086 bilhões, o que corresponde a 1,14% do
Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país.
A meta para o setor público consolidado é de um déficit de R$ 161,3
bilhões neste ano.
Os gastos com juros ficaram em R$ 25,762 bilhões em junho, contra
R$ 28,482 bilhões no mesmo mês de 2017. De janeiro a julho, essas despesas
chegaram a R$ 228,737 bilhões, contra R$ 235,1 bilhões em igual período de
2017. Em 12 meses encerrados em junho, os gastos com juros somaram R$ 394,5
bilhões, o que corresponde a 5,94% do PIB.
De acordo com Lemos, as intervenções do BC, em leilões de swaps
cambial – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – favoreceram a
apropriação de juros no mês passado. “Se não considerássemos os swaps, o volume
de juros seria R$ 34,3 bilhões”, disse.
O déficit nominal, formado pelo resultado primário e os resultados
dos juros, atingiu R$ 29,162 bilhões no mês passado ante R$ 44,620 bilhões de
junho de 2017.
De janeiro a julho, o resultado negativo ficou em R$ 246,562
bilhões, ante R$ 286,387 bilhões em igual período do ano passado. Em 12 meses,
o déficit nominal ficou em R$ 471,584 bilhões, o que corresponde a 7% do PIB.
Dívida pública
A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de
créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$
3,503 trilhões em junho, o que corresponde 52% do PIB, com aumento de 0,6 ponto
percentual em relação a junho (51,4% do PIB). Desses, o impacto da apreciação
cambial de 2,6% no mês respondeu pela elevação de 0,5 ponto percentual, R$
30,757 bilhões no estoque da dívida.
No ano, a dívida líquida em relação ao PIB cresceu 0,5 ponto
percentual. Segundo o BC, esse aumento ocorreu, em especial, pela incorporação
dos juros nominais, o déficit primário, a alta do dólar, acumulada em 13,5% e o
efeito do crescimento do PIB nominal. A dívida pública cai quando há alta do
dólar, porque as reservas internacionais, o principal ativo do país, são feitas
de moeda estrangeira.
Em junho, a dívida bruta – que contabiliza apenas os passivos dos
governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 5,186 trilhões ou 77% do
PIB, com redução de 0,1 ponto percentual em relação a junho.
(Agência Brasil)
Tags
Noticia Regionais#
Politica#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Politica
Tags
Noticia Regionais,
Politica
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós