Em prol da conscientização no Dia Nacional de Prevenção e Combate à
Hipertensão Arterial, que acontece dia 26 de abril, cardiologista do HCor
alerta que 80% dos casos de derrame cerebral e 60% dos casos de ataque cardíaco
registrados no país são desencadeados pela doença; estudo inédito do hospital
avalia eficácia de cirurgias bariátricas para a diminuição do problema
No próximo dia 26 de abril acontece o Dia Nacional de Prevenção e
Combate à Hipertensão Arterial. Para conscientizar a população sobre a
importância da data, devido à relevância do problema no Brasil, o cardiologista
do Hospital do Coração (HCor), Dr. Celso Amodeo, alerta que a doença já atinge
35% da população brasileira, além de ser responsável por desencadear até 80%
dos casos de derrame cerebral e 60% dos casos de ataque cardíaco registrados no
país. “Prevenir e controlar os índices de hipertensão é de suma importância, já
que, segundo dados do Ministério da Saúde, os problemas cardiovasculares são
responsáveis por aproximadamente 300 mil mortes por ano no Brasil. Além disso,
50% dos hipertensos no Brasil ainda não sabem que têm o problema”, revela o Dr.
Amodeo.
Também conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial pode
acometer crianças, adolescentes, adultos e idosos de ambos os sexos.
Silenciosa, a doença provoca o estreitamento das artérias e faz com que o
coração precise bombear o sangue com cada vez mais força para impulsioná-lo por
todo organismo e depois recebê-lo de volta. “Esse processo dilata o coração,
danifica as artérias e, consequentemente, favorece a ocorrência de ataques
cardíacos e derrames cerebrais”, explica o Dr. Amodeo. “Uma pessoa é
considerada hipertensa quando a sua pressão arterial apresenta valores iguais
ou acima de 14 por 9 (140mmHg X 90mmHg)”, esclarece.
Estudo Inédito
Para contribuir com o combate ao problema, o HCor divulgou
recentemente um estudo intitulado Gateway que avaliou a eficácia das cirurgias
bariátricas para o controle da hipertensão. A iniciativa contou com 100
pacientes hipertensos com obesidade grau 1 e 2, durante o período de um ano.
Durante o estudo os pacientes foram divididos em dois grupos de 50 pacientes de
forma randomizada (aleatória). “Um foi submetido à cirurgia de “Bypass gástrico
em Y de Roux”- cirurgia de redução do estômago mais praticada no Brasil –,
associada ao tratamento medicamentoso. O outro grupo recebeu apenas o
tratamento medicamentoso associado às orientações dietéticas e mudança do
estilo de vida (com objetivo de perda de peso)”, explica o Dr. Carlos Schiavon,
cirurgião bariátrico e principal investigador do estudo no Instituto de
Pesquisa (IP) do HCor.
O objetivo principal do estudo foi avaliar a redução de pelo menos
30% da prescrição de medicações para hipertensão, mantendo a pressão
controlada. Também foram avaliados outros fatores de risco cardiovascular como
perfil lipídico, glicemia e inflamação. Como resultado, o estudo do IP HCor
identificou que, no grupo dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, 83,7%
conseguiram reduzir o número de medicações e manter a pressão controlada,
enquanto apenas 12,8% do grupo dos não operados conseguiu atingir este mesmo
objetivo. “O mais importante é que 51% dos pacientes operados conseguiram
manter a pressão controlada, sem nenhuma medicação”, afirma o cirurgião
bariátrico do HCor.
Com Ass. de Imprensa do HCor
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