Operação apura corrupção e outros crimes praticados dentro do
órgão. Armas de fogo e dinheiro foram apreendidos em mandados judiciais
O superintendente e mais
cinco funcionários foram afastados da Superintendência Estadual do Meio
Ambiente (Semace) em operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE),
deflagrada nesta terça-feira (21), para combater esquema de corrupção no órgão.
Dentre os investigados, quatro pessoas foram presas.
De acordo com a investigação do Grupo de Combate às Organizações
Criminosas (Gaeco), do MPCE, a quadrilha, composta principalmente por
servidores comissionados (chamados de "articuladores"), emitia
pareceres técnicos que omitiam propositalmente informações relevantes, com a
intenção de criar dificuldades inexistentes a empreendedores de diversas áreas,
em troca de vantagem indevida.
Os "articuladores" atuavam na fiscalização e emissão de
pareceres, e também na orientação e assessoria às empresas que buscam
licenciamento ambiental, sempre em troca do pagamento de propina. A organização
criminosa atuava há vários anos, segundo o MPCE.
A operação foi deflagrada para apurar crimes de corrupção passiva,
concussão, advocacia administrativa, inserção de dados falsos em sistemas de
informação da administração pública e organização criminosa.
Foram presos temporariamente e afastados de suas funções por
determinação da Justiça os servidores comissionados Lídia Torquato da Silva,
Francisco Elder Moura Barroso e Francisco Heury Fernandes da Silva e o chefe da
Informática da Secretaria de Meio Ambiente (SEMA), Luís José de Almeida
Correia.
O superintendente da Semace, José Ricardo Araújo Lima, e a
servidora comissionada Inês Furtado Sampaio foram apenas afastados das funções.
Armas de fogo e dinheiro são apreendidos
Além das prisões, equipes da Polícia Civil, do Gaeco e da
Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) cumpriram mandados de busca e apreensão nas
residências dos investigados e nas dependências da Semace. Foram apreendidos
três armas de fogo, R$ 200 mil em espécie e equipamentos de informática, para
serem analisados na sequência da investigação.
Empresas também são investigadas
A operação do Gaeco também investiga empreendimentos que teriam
relação com o esquema criminoso. São eles: Fazenda Praia Canoé, em Fortim;
Fazenda Técnica de Camarões (Tecar), em Jaguaruana; Camarão Real Aquicultura,
em Acaraú; Parcelamento do solo Piraquara/Morro dos Caboclos, em Paracuru; o
complexo turístico hoteleiro Sun and Sea, em Beberibe; e os postos de
combustíveis Brisa Petróleo LTDA; Universal Petróleo LTDA; Aurora Petróleo
LTDA; Vitória Petróleo LTDA; Petróleo Itaiçaba LTDA; Líder Petróleo LTDA; e
Ultra Petróleo LTDA.
Fonte DN
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