
O horário do eclipse varia de cidade pra cidade mas a previsão é
que ele comece a ser visível em Fortaleza após as 16h.
Observadores que estiverem fora dessa região, a 3 mil quilômetros
acima ou abaixo dessa faixa, poderão observar um eclipse solar parcial, em que
a lua cobre parte do disco do Sol. No Brasil, os moradores das regiões Norte e
Nordeste poderão avistar o fenômeno. No extremo norte do país, a previsão é que
a escuridão chegue a 50%.
A astrônoma Josina Nascimento, pesquisadora do Observatório
Nacional, responsável pelos cálculos e edição do anuário da instituição que
traz as fases da lua e previsão de eventos astronômicos, explicou que apesar do
senso comum dizer que são raros, os eclipses são um evento comum. Segundo ela,
o fato de a faixa de totalidade dos eclipses ser muito estreita, com cerca de
270 quilômetros, causa essa falsa impressão.
“A cada período entre 18 e 22 meses, temos um eclipse solar, seja
ele total, parcial ou anular.Quando é total, que é o mais raro, têm-se essa pequena
faixa de totalidade, portanto muitas partes do mundo passam muitas décadas sem
ver um eclipse total. Não é um fenômeno raro na Terra, mas sim em cada local
onde as pessoas estão”, esclareceu.
Josina Nascimento disse que os eclipses do sol e da lua sempre
ocorrem um próximo do outro. “Basta observar uma lista de previsão de eclipses
para verificar que sempre que acontece um eclipse da lua, por exemplo, logo
depois tem um do sol, ou vice versa. Se houver um eclipse em uma lua cheia, na
lua nova seguinte haverá um eclipse do sol. Se a órbita da lua em torno da
Terra não fosse inclinada, teríamos esse alinhamento todo mês. Na lua nova, um
eclipse do sol, e na lua cheia, um eclipse da lua. Por ser inclinada, o
alinhamento não acontece sempre.”
Ela informou que o próximo eclipse total que terá faixa de
observação no Brasil está previsto para 2041. “No dia 2 de julho de 2019, vai
ser no sul da América do Sul e a expectativa é que muitas pessoas se desloquem
para a faixa de observação. É interessante porque você tem turismo, tem eventos
culturais e científicos, é muito legal”, disse a pesquisadora.
DN Online
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