
Segundo a namorada da vítima, José Gonçalves foi visto pela última
vez quando saía da casa da avó do advogado dele, no bairro de Fátima, para
encontrar um corretor de imóveis e um dos herdeiros do imóvel que pretendia
comprar. O guarda municipal, porém, não chegou ao destino. Conforme depoimentos
prestados à Polícia, José levava consigo R$ 120 mil em espécie, que seriam
usados para dar entrada no imóvel. Porém, a Polícia ainda não tem nenhum
documento bancário que prove o saque. O carro da vítima, um Fiat Uno de cor
cinza, não foi localizado.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção
à Pessoa (DHPP), que ainda não confirmou se há alguma relação entre a morte do
agente público e a compra da residência. Durante o dia de ontem várias pessoas
foram ouvidas na sede da Especializada.
Conforme uma fonte da Polícia Civil, várias linhas de investigação
estão sendo seguidas. Por enquanto, não se descarta que a morte tenha a ver com
o dinheiro, e consequentemente, a compra do imóvel, mas os investigadores também
não desconsideram que o guarda municipal tenha sido vítima de uma 'saidinha'
bancária.
Causa da morte
De acordo com a Perícia Forense do Ceará (Pefoce), o corpo estava
em avançado estado de decomposição, o que dificultou a identificação de uma
possível causa da morte. Os peritos que estiveram no local não identificaram
nenhuma marca de agressão, mas não descartam homicídio por causas violentas,
como asfixia. O perito Leão Júnior afirmou que o local onde o cadáver foi
achado pode ter sido apenas de desova. Uma quantia em dinheiro foi achada na
carteira da vítima, junto com documentos.
José Gonçalves atuava na Inspetoria de Segurança Escolar (ISE) da
Guarda Municipal. Colegas de trabalho disseram que ele era sempre tranquilo e
tinha boa convivência com a Corporação. Nos últimos dias, porém, segundo os
guardas, o agente teria revelado preocupação em relação à compra do imóvel, que
não havia sido concretizada.
Fonte DN
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