Vaqueiros de todo o Brasil e profissionais ligados à atividade
reúnem-se, em Brasília, a partir da noite desta segunda-feira (24), para
mobilização a favor da vaquejada e da aprovação do Projeto de Lei Complementar
24/16, do deputado federal Capitão Augusto, que eleva o rodeio, a vaquejada,
bem como as respectivas atividades, à condição de manifestação cultural
nacional e de patrimônio cultural imaterial.
A mobilização é organizado pela Associação Brasileira de Vaquejada
(ABVAQ) e a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de Milha
(ABQM), que prometem reunir cerca de 10 mil pessoas em torno da Esplanada dos
Ministérios.
Programação
A concentração dos vaqueiros começa às 22h e vai até às 5h desta
terça-feira (25), quando haverá uma missa a partir das 8h. O ato público em
apoio à vaquejada contará ainda com uma “grande cavalgada” e finalizará com a
participação de artistas.
Apoio vaquejada
De acordo com Jonatas Dantas, vice-presidente da ABVAQ, a
mobilização vai mostrar que é possível legalizar a vaquejada e ainda proteger
os animais e os profissionais.“Nosso objetivo é mostrar que realizamos uma
vaquejada legal, sem maus tratos e cheias de regras que garantem a proteção dos
animais e dos vaqueiros. Sem vaquejada, mais de 600 mil pessoas ficarão sem
emprego”, disse.
Números da Vaquejada
Conforme dados da Associação Brasileira de Vaquejada, a atividade
gera 700 mil empregos direitos e indiretos e movimenta mais de R$ 600 milhões
por ano em cerca de 4 mil eventos pelo Brasil.
Prática ilegal
Em decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi
derrubada a lei do Ceará que regulamenta as vaquejadas. No entendimento dos
ministros, a prática não pode ser considerada apenas um esporte ou atividade
cultural, mas uma forma de maus-tratos com os animais. A decisão foi aprovada
por seis votos a cinco.
apoio vaquejda
Por ser a mais alta corte do País, a decisão do STF pode ser o
primeiro passo para que a prática, bastante comum em toda a região Nordeste,
principalmente no Interior, seja banida em todo o Brasil. "Na verdade, são
manifestações extremamente agressivas contra os animais", destacou a
presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia. Durante a vaquejada, dois peões
montados a cavalo tentam derrubar um boi pelo rabo.
Além da presidente do STF, os ministros Ricardo Lewandowski, Rosa
Weber, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Luís Roberto Barroso votaram
contra a prática das vaquejadas. Em contrapartida, os ministros Edson Fachin,
Gilmar Mendes, Teori Zavascki, Luis Fux e Dias Toffoli consideraram a prática
importante e parte da cultura brasileira, além de também ser uma fonte de renda
para os peões e suas famílias.
Diário do Nordeste
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