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segunda-feira, agosto 01, 2016

R$ 1,9 mi em cédulas falsas circularam no CE

De acordo com os dados do Banco Central, de janeiro a junho deste ano, foram apreendidas mais de 20 mil notas falsificadas no Estado. (Foto: Alex Costa)
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Apesar de as novas notas de real, da chamada segunda família, terem passado a circular em 2010 para impor mais obstáculos à falsificação, se observa que a medida não tem surtido efeito. Somente no primeiro semestre deste ano, foram apreendidas mais de 20 mil notas falsas no Ceará, o equivalente a R$ 1,9 milhão - um crescimento de 626% em relação ao acumulado de janeiro a junho de 2015, quando foram retirados de circulação R$ 272,5 mil em cédulas falsificadas.

Para se ter uma ideia, em todo o ano de 2015, foram apreendidas 7,4 mil notas falsas, o correspondente a R$ 563 mil. O aumento fez com que o Ceará escalasse oito posições na comparação com os outros estados, deixando de ser o 12º em quantidade de cédulas falsificadas, em 2015, para se tornar o 4º lugar no ranking neste ano, atrás apenas de São Paulo (75.767), Rio de Janeiro (26.838) e Minas Gerais (24.272).

Do total, 93,5% das notas falsificadas eram de R$ 100 da segunda família do real, a mais recente. De acordo com o coordenador do Departamento do Meio Circulante do Banco Central (BC), Augusto Fernandes, esse crescimento exponencial se deu por uma apreensão realizada pela Polícia Federal, em abril deste ano, de duas malas com R$ 1,7 milhão em notas falsas em Fortaleza, que resultou na prisão de pelo menos três pessoas.

"O número de notas apreendidas) depende da ação da polícia que, neste ano, em um só caso, apreendeu 17 mil cédulas de R$ 100", explicou o coordenador, destacando a existência de um convênio entre o Banco Central e a Polícia Federal para compartilhar as informações de falsificações. Segundo Fernandes, as notas falsas não chegam a circular por muito tempo no mercado e são apreendidas ainda novas, devido ao conhecimento da população em identificá-las.

Alvo

Depois das notas de R$ 100 da segunda geração do real, que teve 19.095 falsificações apreendidas, o principal alvo dos falsificadores no Ceará foram as de R$ 50, também da segunda geração. Foram apreendidas 578 cédulas (R$ 28.800). Em seguida, aparecem as notas de R$ 50 da primeira geração, mais antiga, com 237 cópias (R$ 11.850).

Em todo o Brasil, o BC recolheu 233.998 notas falsas de janeiro a junho deste ano, o equivalente a mais de R$ 17,1 milhões. Em igual período do ano passado, o banco havia apreendido 201.346 cédulas falsificadas, com valor correspondente a R$ 13,9 milhões. Além do aumento de 16% no número de notas, o valor das falsificações recolhidas foi 23% superior que no primeiro semestre de 2015.

Cuidados

De acordo com Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), prejuízo para o comércio com as notas falsas não é um tema relatado pelos comerciantes nas reuniões da entidade. "É provável que tenhamos problemas, mas é incipiente. Talvez seja mais na periferia, onde há menos recursos para conferir a veracidade das notas. Mas não tenho ouvido relatos de problema em nenhuma região", disse.

Ainda assim, ele aponta que a maioria dos lojistas têm pessoas qualificadas para fazer a verificação das cédulas, além de contarem com instrumentos como uma caneta que identifica a validade da nota, principalmente para cédulas de maior valor. "No ano passado, fizemos um treinamento de segurança para a identificação de documentos e de cédulas falsas que foi muito bem absorvido", pontuou.

Como verificar

Para saber se a cédula é falsa ou não, é preciso prestar atenção aos principais elementos de segurança. Nas notas da primeira família, deves ser verificados: a marca-d´água, imagem latente, registro coincidente e o relevo. Nas cédulas da segunda família, a pessoa deve estar atenta à marca-d´água, ao número escondido, ao alto-relevo, à faixa holográfica (nas notas de R$ 50 e R$ 100) e ao número que muda de cor (nas notas de R$ 10 e R$ 20).

Segundo a legislação brasileira, a falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de três a 12 anos de prisão.

Fonte: Diário do Nordeste


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