
De acordo com o secretário, a orientação não se justifica
"por medo ou receio de acontecer alguma coisa", mas pela
possibilidade de aumentar a capacidade de abordagem.
O secretário não detalhou em quais áreas da capital serão
intensificadas, para não atrapalhar os trabalhos. "E não só com duas
viaturas, até mais viaturas e forças especiais. Alguns focos já foram
identificados pela nossa inteligência - Polícia Militar, Polícia Civil, a
própria Coin, que nós teremos que ter ações mais específicas", disse o
secretário.
"Estamos fazendo trabalho de inteligência muito forte,
além de intensificar as abordagens de elementos suspeitos. A segurança pública,
desde que começou essa sistemática de ataques, que não tem nada a ver com crime
organizado como se tenta colocar, tem algumas ações direcionadas a agentes da
segurança pública, a prédios da segurança pública", pontuou.
Combate ao crime organizado
O secretário disse que o governo vai nomear uma turma de
delegados em agosto e deslocar delegados já experientes para a nova delegacia
especializada de combate ao crime organizado, anunciada no último sábado (16)
pelo governador Camilo Santana.
"Essa delegacia deverá funcionar tão logo sejam
nomeados novos delegados. Esses novatos não vão para essa nova delegacia, até
porque há uma necessidade de experiência maior", explicou.
"Teremos que fazer intercâmbio com outros estados.
Hoje temos um órgão de informação na secretaria, que é a Coin, mas como temos
que ter coleta de dados e ações, nada melhor que uma delegacia, porque ela se
torna mais operacional. Pra que possa conduzir inquéritos, observar a
movimentação nesses grupos, que não são crime organizado, mas que procuram se
abrigar nessas facções, como se fossem partícipes dela."
Secretaria 'limitada'
Na avaliação do secretário, as ações da segurança pública
tem sido, "de certa forma", limitadas pela situação no sistema
penitenciário. Ainda conforme Lauro Prado, os ataques são resposta de
criminosos às ações da pasta, como a apreensão de celulares nos presídios.
"É uma situação que foi instalada, estamos procurando
contornar, mas não há como, se não levar em consideração que não temos vaga nos
presídios para levar os presos. As polícias continuam trabalhando, todo dia
temos prendido. Então tem mais de mil presos em delegacias. A Polícia Civil,
que era pra estar investigando, está fazendo custódia de presos", analisa.
G1/CE
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