
O valor dos
empréstimos também pode subir de R$ 15 mil para R$ 30 mil por operação. Outra
ação é estimular que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal coloquem
mais recursos do FAT à disposição das micro e pequenas empresas. A ideia é
ainda permitir que agências estaduais de desenvolvimento façam essas operações.
A intenção é
reduzir o spread, já que atualmente grande parte destes empréstimos é feita com
recursos do fundo captados pelo BNDES. “O spread ainda é muito alto, isso tem
que ser resolvido com urgência”, afirma o presidente do Sebrae, Afif Domingos,
que tem tido reuniões com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir
algumas medidas.
Em janeiro,
o governo anunciou um pacote de estímulo ao crédito que incluía a criação de
linhas do BNDES para as pequenas empresas, mas a avaliação do setor é que elas
não foram suficientes.
Para Afif, a
principal razão para os pequenos empreendedores não tomarem crédito não é a
falta de demanda, mas sim as altas taxas de juros. O presidente afirma que as
oferecidas pelo BNDES estão em torno de 25% ao ano, mas que o setor acredita
que os juros podem cair para 18% ao ano se forem feitas mudanças, como o
empréstimo direto pelos bancos repassadores com recursos do FAT.
As medidas
devem ser discutidas nesta quarta-feira, 9, na reunião do Conselho Deliberativo
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). De acordo com o presidente do colegiado,
Virgílio Carvalho, os 18 conselheiros querem buscar meios para que o mercado
seja melhor irrigado com esses recursos. “Temos de incentivar os bancos”,
disse.
A Caixa
informou que tem interesse em aumentar a captação com dinheiro do FAT, pois
trata-se de um recurso com baixo custo e que permite o crescimento com
manutenção e geração de novos empregos nas micro e pequenas empresas. O Banco
do Brasil não se manifestou sobre o assunto.
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