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🌳 FALTA DE CHUVA COMPROMETE SAFRA DE CAJU E CASTANHA NA SERRA DOS BASTIÕES


A tradicional “chuva do cajueiro”, esperada pelos agricultores do Nordeste no mês de setembro, não caiu como o esperado neste ano, e o reflexo já é visível nas plantações da Serra dos Bastiões, em Iracema, no interior do Ceará.

Os pequenos produtores rurais da região relatam que tanto os cajueiros antigos quanto os novos plantios praticamente não produziram frutos nesta safra. A combinação da estiagem prolongada, altas temperaturas, ataques de insetos e doenças fúngicas tem comprometido o desenvolvimento das flores e dos frutos, resultando em perdas significativas.

A chamada chuva do cajueiro é fundamental para o início da floração e frutificação, marcando o período de fartura no sertão. Sem ela, o cajueiro — árvore símbolo da resistência nordestina — sofre com o solo seco e a baixa umidade do ar.

Além do impacto econômico, a baixa produção afeta também o aproveitamento dos benefícios do cajueiro, planta de múltiplas utilidades. O fruto é usado na fabricação de sucos, doces e cachaças; a castanha, rica em nutrientes e gorduras boas, é um produto valorizado no mercado; e até a casca e o líquido da castanha (LCC) têm uso medicinal e industrial, servindo para a produção de tintas, vernizes e remédios naturais.

Os agricultores da Serra dos Bastiões demonstram preocupação com a continuidade da seca e temem que o próximo ciclo também seja afetado. Muitos deles relatam que, mesmo com o cuidado e o manejo tradicional, nada foi colhido até o momento.

A esperança, porém, permanece viva. Com a chegada do período chuvoso previsto para o fim do ano, os sertanejos seguem firmes, acreditando que a força da natureza e a fé no recomeço trarão de volta o tempo de fartura e de cajus maduros espalhando o perfume pelo sertão.

📺 Reportagem: Francisco Filho – Folha Serrana TV
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