Ambos foram para a delegacia de Aquiraz, mas como o agente
penitenciário é servidor público, eles tiveram que se dirigir à sede da CGD.
Um agente penitenciário deu voz de prisão a um advogado e o
defensor deu voz de prisão ao agente nesta sexta-feira, 29, na Casa de Privação
Provisória de Liberdade (CPPL) 3, no Complexo Penitenciário de Itaitinga,
Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Ambos foram parar na delegacia.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários
(Sindasp), Valdemiro Barbosa, durante os ataques promovidos por organizações
criminosas em janeiro, presos realizaram motins e estão respondendo sanções
administrativas.
A situação teria desagradado os advogados desses detentos e houve
desentendimento. O agente penitenciário teria dado voz de prisão a um dos
advogados e o defensor fez o mesmo contra o agente. O caso foi encaminhado à
Delegacia de Aquiraz, mas não houve resolução e os dois foram levados à
Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina
(CGD).
Segundo o presidente do Sindasp, a confusão começou quando um
diretor-adjunto da Casa de Privação Provisória de Liberdade CPPL 3 estava
fazendo a oitiva, quando uma advogada se pronunciou. Neste momento, o agente
penitenciário a interrompeu e disse que ela teria o momento de falar. Outro
advogado interveio e o agente o prendeu por desacato. Ambos foram para a
delegacia de Aquiraz, mas como o agente penitenciário é servidor público, eles
tiveram que se dirigir à sede da CGD.
Para Valdemiro, a confusão é por conta de procedimento que está
sendo realizado para que esses detentos tenham a progressão de regime, ou seja,
podem ser soltos. No entanto, com a instauração do procedimento administrativo,
a progressão de regime pode não acontecer e os detentos não seriam libertados.
O presidente do Sindasp relatou que o caso é específico com esse
grupo de advogados que defende líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e
que os agentes penitenciários têm uma boa relação com a categoria.
O POVO Online procurou a Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará
(OAB-CE), e a assessoria de imprensa informou que o caso está sendo apurado. O
presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários afirmou que o agente foi
ouvido e que os advogados prestaram depoimentos. Será aberto um procedimento na
DAI para apurar o caso.
Fonte: O Povo Jéssika
Sisnando
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