Seis pessoas foram presas em operação do Ministério Público do
Ceará nesta quarta-feira (12), sendo cinco ex-funcionários da Prefeitura de
Limoeiro do Norte e um advogado. Três mandados de prisão ainda não foram
cumpridos. As investigações apontam que uma empresa foi contratada pela
prefeitura da cidade para terceirizar a mão de obra e não repassava o pagamento
para todos os funcionários. Parte do dinheiro era desviado para as contas de
servidores, de acordo com o promotor Patrick Augusto Correia de Oliveira, que
coordena a operação.
Os presos são Mardonio Márcio Palhares Gomes, Maria da Silva
Carneiro, Marília Miriam Vieira Araújo, Niljane de Lima Rocha e Thiago Chaves
Nogueira (presidente da Comissão de Licitação na gestão municipal anterior),
além do empresário Fábio Lima Furtado.
O Ministério Público estima que o esquema de fraude movimentou R$ 8
milhões entre 2013 e 2016. Os suspeitos são investigados pelos crimes de
organização criminosa, falsidade ideológica, fraude em licitação e lavagem de
dinheiro, entre outros. As prisões ocorreram em Limoeiro do Norte, Russas e
Jaguaretama.
Segundo apontou a investigação do MPCE, com o dinheiro captado pelo
esquema, um casal de servidores chegou a adquirir franquias, entre elas, seis
lojas de uma rede de venda de chocolates, além de outros bens como veículos,
inclusive um desses, com a logomarca da empresa, foi apreendido em frente ao
estabelecimento comercial durante a operação.
Três suspeitos de participação na fraude não foram localizados em
seus endereços durante a operação.
Operação Veniet
A Operação Veniet é realizada pela 3ª Promotoria de Justiça de
Limoeiro do Norte, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações
Criminosas (Gaeco) e pelo Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), além da
Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE). Até a publicação, os membros do MPCE
ainda estavam em diligências.
Também foram expedidos 29 mandados de busca e apreensão, sequestro
e indisponibilidade de bens, de acordo com o MPCE. Foram apreendidos
documentos, quatro veículos e um caminhão. Cerca de 100 policiais civis e
promotores de Justiça participam da ação. O nome da Operação significa que a
Justiça tarda mas não falha.
Red; DN
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