sábado, novembro 24, 2018
Home
Noticia Regionais
Serviços
Postos seguram repasse da queda da gasolina e aumentam margem de lucro
Postos seguram repasse da queda da gasolina e aumentam margem de lucro
A margem de lucro dos postos brasileiros com a venda de gasolina
aumentou 27,2% desde que a Petrobras começou a reduzir o preço do combustível
nas refinarias, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e
Biocombustíveis).
O aumento é um dos fatores que vem impedindo o repasse total da
queda da gasolina ao consumidor, ao lado dos impostos estaduais, que ainda não
acompanharam a redução.
Segundo a ANP, a fatia que fica com os postos chegou na semana
passada a R$ 0,542 por litro, o maior valor desde a virada de maio para junho,
quando a paralisação dos caminhoneiros provocava problemas de abastecimento no
país.
A alta ocorre em um momento em que a Petrobras pratica cortes
sucessivos no preço da gasolina em suas refinarias, acompanhando o recuo da
taxa de câmbio e das cotações internacionais. Entre 24 de setembro, quando a
estatal iniciou o ciclo de cortes e sexta (16), a queda acumulada era de 28,5%,
ou R$ 0,642 por litro.
No mesmo período, as distribuidoras, que compram gasolina pura da
Petrobras e misturam ao etanol antes de revender os postos, reduziram seus
preços em 4,64%, ou R$ 0,198 por litro. Nos postos, porém, a queda é de apenas
1,75%, ou R$ 0,08 por litro.
De acordo com a ANP, a margem dos postos cresceu R$ 0,11 por litro
no mesmo período, em movimento contrário aos demais elos da cadeia. Na semana
passada, a fatia da revenda representou 11,7% do preço final, contra 9,1% na
semana de 24 de setembro.
Crítica da pesquisa de preços da ANP, A Fecombustíveis (federação
que representa os donos de postos) questiona os dados e diz que a queda de
preços ao consumidor depende também da velocidade dos repasses promovidos pelas
distribuidoras de combustíveis.
“Esse processo demora um pouco porque as distribuidoras costumam
trabalhar com estoques altos e normalmente demoram a repassar para a gente,
porque vendem primeiro o estoque a preços mais altos”, afirma o presidente da
entidade, Paulo Miranda.
Ele diz que, em períodos de alta, os postos costumam segurar
repasses diários, comprimindo duas margens, e o mesmo movimento pode estar
acontecendo no ciclo de baixa. “Essa margem atual não está muito longe da
margem histórica”, afirmou.
Os dados da ANP mostram que as margens dos postos se situavam em
12% a 13% do preço final até o fim de 2017, quando se iniciou a escalada de
preços nas refinarias em resposta ao aumento do dólar e das cotações
internacionais.
Em março, caem abaixo de 10% pela primeira vez desde que a ANP
passou a compilar os dados, em 2002.
Para o consultor Luiz Henrique Sanches, o movimento pode refletir
recomposição de margens após um período de gasolina cara e forte competição com
o etanol. “Os postos estão trabalhando com margens muito baixas”, diz ele.
IMPOSTOS
A carga tributária sobre a gasolina também não acompanhou a queda
do preço nas refinarias. Pelo contrário, o ICMS vem subindo na maior parte dos
estados brasileiros, ajudando a segurar o repasse para o consumidor.
O ICMS é cobrado sobre um valor definido quinzenalmente pelas
secretarias de Fazenda, conhecido como PMPF (preço médio ponderado ao
consumidor final). Sobre esse preço, incide a alíquota, que varia de 25% a 34%,
dependendo do estado.
Desde a segunda quinzena de setembro, apenas dois estados não aumentaram
o PMPF: Bahia e Pará. Todos os demais e o Distrito Federal elevaram o valor
usado como referência para o recolhimento do imposto.
As maiores altas foram promovidas por Amapá e Ceará –10,97% e
10,31%, respectivamente. Em São Paulo, o PMPF foi elevado em 6,51% desde a
segunda quinzena de setembro. Atualmente, o ICMS no estado é cobrado sobre o
valor de R$ 4,499 por litro, acima do preço médio verificado pela ANP, de R$
4,377.
Os estados alegam que definem os valores de acordo com pesquisa de
preços nos postos. Ou seja, o ICMS só é alterado depois que os postos baixarem
ou aumentarem seus preços.
Esse modelo de cobrança é questionado pelo setor de combustíveis,
por alavancar movimentos de alta e retardar movimentos de baixa.
Folha de São Paulo
Tags
Noticia Regionais#
Serviços#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Serviços
Tags
Noticia Regionais,
Serviços
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós