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quarta-feira, maio 09, 2018

Protesto em frente ao Palácio da Abolição pede paz em Fortaleza


(Foto: João Marcelo Sena / O POVO)
Cerca de 150 pessoas protestaram na avenida Barão de Studart, no cruzamento com a rua Tenente Benévolo, no bairro Meireles, em Fortaleza. Os manifestantes estavam com faixas e gritavam pedindo por paz na Cidade em frente ao Palácio da Abolição.

Entre os manifestantes estavam amigos e familiares de vítimas de ações criminosas que resultaram em crimes bárbaros, como o de Cecília Raquel Moura, estagiária que foi morta enquanto se dirigia ao trabalho, e do humorista Francisco Fonseca Neto, o Fonsequinha, morto quando fazia serviço de motorista em aplicativo de transporte.


"O principal motivo para organizar esse evento foi de tentar fazer alguma coisa para que nenhuma outra família sinta a mesma dor que a gente sentiu", disse Pedro Mamede, 35 anos, um dos organizadores da manifestação. Ele é sobrinho de Roberto Mamede Studart Soares, o Betinho, diretor de Esportes Amadores e Olímpicos do Fortaleza Esporte Clube, que foi morto após ser vítima de saidinha bancária no último dia 23 de abril.

"Ninguém merece ter um ente familiar ceifado da vida abruptamente como foi meu tio. Ele era muito conhecido e as pessoas queriam fazer uma homenagem e a gente organizou para além da homenagem realizar também um protesto pedindo mais segurança", conta Pedro.


(Foto: João Marcelo Sena / O POVO)
Por volta das 19 horas, horário reconhecido como pico de trânsito na região, os motoristas precisaram fazer um desvio para contornar a manifestação por uma rua paralela, por conta do bloqueio colocado pela PM nos arredores do Palácio da Abolição.

Num carro de som, os organizadores leram manifesto pela paz, que revela as intenções do grupo. Fizeram críticas a política de segurança pública do Estado. Também reclamaram do isolamento do Palácio da Abolição com gradis, o que fez com que o protesto tomasse a via.

"Nosso intuito é continuar tendo manifestações mensais ou quinzenais. É continuar protestando", disse Pedro em entrevista ao O POVO. O organizador do protesto também divulgou a conta oficial do Instagram do movimento - @FortalezaPedePaz - revelando que o grupo promete "cobrar" o governador por melhores resultados na área da segurança pública.

"Enquanto não diminuir vamos cobrar do Governo, fazendo protesto, manifestação. Não vamos fazer mais do que nossa obrigação".

Mudança de postura
Pedro Mamede também cobrou da própria população uma mudança de atitude no enfrentamento da violência. "Antes a minha atitude contra a violência era deixar de assistir o jornal, ficar em casa, deixar de sair, tomar cuidado ao andar a pé, mas a violência chega a você de um jeito ou de outro, seja contra você, contra sua família, então ninguém escapa", finalizou

Com informações do repórter João Marcelo Sena
Redação O POVO Online
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Fotos: Júlio Caesar / O POVOManifestantes pedem paz e cobram ação do Governo

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