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Reprodução / Internet
Chuvas no Nordeste brasileiro - imagem ilustrativa
Redação
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Analisando as condições meteorológicas, com as chuvas e os ventos
fortes que estão ocorrendo em parte do Nordeste, órgão prevê a permanência do
fenômeno La Ninã pelo menos até meados de 2018
20/10/2017 às 11:30
O gerente de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do
Rio Grande do Norte (EMPARN), Gilmar Bistrot, analisando as condições
meteorológicas, com as chuvas e o vento forte que estão ocorrendo em parte do
Nordeste, prevê a permanência do fenômeno La Ninã, até meados de 2018. Nas
análises das imagens dos satélites meteorológicos, destaca que “no
monitoramento das Oscilações 30-60 dias (onda planetária que circula o planeta
na faixa equatorial de oeste para leste causando instabilidades na fase
positiva), mostra que possivelmente em meados de dezembro essa oscilação estará
com sua fase positiva sobre o nordeste brasileiro e com isso aumentando as
condições de ocorrência de chuvas mais significativas”.
Acrescenta o meteorologista que a ocorrência de chuva no Nordeste
no período de fevereiro a maio, depende de vários fatores, entre eles as
condições dos oceanos Pacífico e Atlântico e a Atividade Solar. “Hoje,
analisando as condições atuais temos o Oceano Pacífico, a previsão é de ser
favorável em 2018. No caso da atividade solar, a previsão é de diminuição (a
relação é que quando aumenta a atividade solar, diminui a ocorrência de chuva
na região e quando diminui a atividade solar, aumenta a ocorrência de chuvas,
exemplo anos de 2008 e 2009, último período de mínimo da atividade solar),
assim é mais uma variável que estará favorável em 2018. Somente ainda estamos
analisando as condições termodinâmicas do Oceano Atlântico, que por ser um
oceano menor ainda não é possível determinar como será o seu comportamento em
2018”.
Segundo Gilmar Bristot, o mês de outubro de 2017 tem apresentado
uma característica climática diferente dos últimos anos com relação as
condições de chuva e temperatura principalmente na região litorânea. A presença
de águas mais frias do que o normal ao longo da faixa equatorial do oceano
Pacífico (Fenômeno Lá Niña), tem influenciado na manutenção de ventos mais
forte do que o normal, maior concentração de umidade e consequentemente mais
ocorrência de chuvas causadas pelo sistema de brisa sobre o litoral nordestino
e temperaturas próximo da normalidade.
No interior do Estado, em algumas áreas isoladas do Alto Oeste,
Chapada do Apodi, Seridó e Agreste, também ocorrem pancadas de chuvas
ocasionadas por Sistemas Meteorológicos Transientes como restos de Frentes
Frias e circulação do ar em altos níveis da Atmosfera. A previsão é de
permanência do fenômeno pelo até meados de 2018, o que indica que não teremos
formação de bloqueios ocasionados pelo comportamento do Oceano Pacífico no
período chuvoso de 2018, facilitando assim o deslocamento da Zona de
Convergência Intertropical (sistema meteorológico que causa as Chuvas na Região
Nordeste no período de fevereiro a maio) para próximo do Nordeste Brasileiro
nos meses de fevereiro a maio de 2018. Também, nesses próximos meses novembro,
dezembro e janeiro de 2018, poderão ocorrer chuvas decorrentes da atuação de
Vórtices Ciclônicos de Ar Superior ( VCANS), mas como são de baixa
previsibilidade não é possível prever o período e a intensidade que deverão
ocorrer.
fonte agora rn
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