
A renúncia fiscal corresponde a 80% do que as emissoras receberiam
pela venda do espaço; elas arcam com o restante. “É como se cada brasileiro
pagasse, indiretamente, R$ 5,22 para receber informações sobre candidatos e
partidos políticos no rádio e na TV” explica a associação Contas Abertas. E o
conteúdo veiculado ainda peca pela falta de honestidade. Apesar de todo esse
custo, os especialistas acreditam as eleições de 2018 vão confirmar o
protagonismo das redes sociais na divulgação dos candidatos.
A reforma política em tramitação no Congresso é uma oportunidade de
mudar o formato da campanha e diminuir o custo dela. Mas os atuais mandatários
não parecem interessados em alterar o modelo da propaganda nem a forma de
fazê-la. Ao R$ 1 bi das isenções, podem se juntar a cada dois anos mais R$ 3,8
bi do fundo para financiar as campanhas, de acordo com a proposta apresentada
no Congresso. Os partidos ainda levam a cada ano cerca de R$ 800 milhões do
fundo partidário. Os parlamentares têm pouco mais de um mês para aprovar a
reforma política.
Por Miriam Leitão
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