
Entre os repasses delatados, estão três malas com R$ 500 mil a
Aécio, enviadas através do primo do senador, Frederico Pacheco, o Fred, o mesmo
que Aécio afirmou, em gravação, ter intenção de matar antes de delatar: “Um
cara que a gente mata antes de fazer delação”. As malas foram entregues
entregues semanalmente a Fred, que continuou buscando a propina por “lealdade a
Aécio” até mesmo após a delação da Odebrecht ser divulgada na imprensa.
A Polícia Federal gravou as conversas de Fred com Ricardo Saud,
diretor da JBS, nos momentos de entrga do dinheiro. Fred estava muito nervoso e
temia ser parado um uma blitz com o dinheiro. Ao deixar o prédio, o primo de
Aécio entrou em contato com operadores para “esquentar o dinheiro.
Já o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, filmado correndo com uma
mala com R$ 500 mil destinada a Temer. O presidente foi gravado em conversa com
Joesley afirmando que que poderia “falar sobre tudo” com seu assessor especial,
Rodrigo Rocha Loures. As conversas entre o ex-deputado e Saud também foram
gravadas e não deixam margem para qualquer outra interpretação sobre a razão do
pagamento e da própria existência dos diálogos.
A JBS tinha um homem específico para providenciar as malas e o
dinheiro vivo. Era Florisvaldo de Oliveira. Ele auxiliava Saud nas entregas de
propina e mantinha um pequeno estoque delas à disposição. Florisval recolhia o
dinheiro vivo de clientes da empresa, como supermercados e distribuidoras de
carnes, que giravam muito dinheiro em espécie. A central que acomodava o montante
era chamada internamente de “Entrepostos”.
Confira a reportagem na íntegra aqui.
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