Um dos principais cartões postais de Fortaleza, a Praça do
Ferreira, está largada à própria sorte. O espaço público hoje é disputado por
247 pessoas em situação de rua. Transeuntes desavisados deparam com cenas de
brigas por espaços, roupas penduradas nas árvores e bancos sendo utilizados
como cama. A noite a situação piora, pois todos se concentram no local. Há
distribuição de sopa, por entidades filantrópicas. A situação já perdura a
alguns anos, sem que a Prefeitura de Fortaleza tome a frente da situação.
Neste ano, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos
e Combate à Fome (SDHDS) realizou um estudo sobre pessoas em situação de rua no
Centro da Capital, quando foram levantadas que 247 pessoas, entre homens e
mulheres, estão literalmente morando na Praça do Ferreira.
Quando instada a resolver a questão, a prefeitura diz que não
adianta resolver o problema da Praça do Ferreira e não resolver o problema das
pessoas. Alega que se tirar as pessoas do local, elas com certeza voltarão ou
elegerão outra praça para morar. Há anos que a prefeitura promete uma solução
humana, mas até a presente data nada foi feito de concreto.
A sensação que o número de pedintes e sem-tetos têm aumentado em
Fortaleza é uma realidade. A crise econômica, o desemprego seriam os
responsáveis, mas não existe um censo atual que mostre a realidade. O último
censo de moradores de rua realizado em Fortaleza, ocorreu em 2007, quando o
Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) constatou que
haviam 1.071 pessoas nessa situação. Fortaleza ficou na quinta colocação com a
maior quantidade. Conforme o relatório do órgão federal, em todo o Brasil, a
população de rua totalizava 31.922 adultos. A pesquisa contemplava apenas os
maiores de 18 anos.
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