A Polícia Militar do Estado do Ceará flagrou o exato momento em que o motorista de um caminhão tipo pipa
despejava cerca de nove mil litros de água potável em um córrego, no município
de Maracanaú – Região Metropolitana de Fortaleza. O condutor e o proprietário
do caminhão foram presos e o procedimento policial sobre o caso foi registrado
no 21º Distrito Policial. Segundo os suspeitos, a água desviada teria sido
retirada da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e teria como destino o
abastecimento de comunidades do município de Canindé, que sofrem com a seca.
O desperdício foi flagrado no bairro Distrito Industrial, quando
Paulo Tierdes Cavalcante de Oliveira (31), que responde por lesão corporal
dolosa e era o motorista do caminhão, despejava a água. Ele ainda tentou
enganar os policiais, informando que a água era suja, oriunda de piscina. Mas
os militares constataram que a substância era límpida, transparente e inodora.
Eles efetuaram a ação policial após serem acionados para a ocorrência via
Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops); e ainda receberam
informações de que a prática criminosa seria constante. O motorista foi
conduzido ao 21º DP.
Paulo alegou que realizava o serviço ilícito a mando do
proprietário do caminhão, identificado como Wanderson da Silva Costa (23), que
foi até o 21º DP e também foi preso em flagrante. Ambos foram autuados por
estelionato e dano ao patrimônio público. De acordo com o delegado George
Malaquias, titular da delegacia e responsável pelo caso, Wanderson informou que
participa da Operação Carro Pipa (abastecimento emergencial de água potável)
por meio de um cadastro feito no Exército Brasileiro e que realizava o serviço
há mais de um mês. O trabalho dele seria transportar a água que seria
distribuída gratuitamente. Mas, ao invés disso, derramava os milhares de litros.
A Polícia suspeita que o crime era cometido para Wanderson não ter gastos com
combustível ao transportar a carga, abastecida na central da Cagece que fica no
bairro Jereissati, em Maracanaú.
As investigações sobre o caso continuam. Wanderson não apresentou à
Polícia nenhum documento que comprovasse sua inscrição na operação “Carro
Pipa”. Ainda segundo o delegado Malaquias, as declarações do suspeito serão
apuradas e, dependendo do aprofundamento das investigações, o caso poderá ser
repassado para a Polícia Federal. Os dois homens permanecem presos. fonte Alto Santo é noticia


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