O presidente interino Michel Temer (PMDB) acertou, na
segunda-feira (20), acordo de renegociação das dívidas das 27 unidades
federativas, e o governador Camilo Santana, mesmo sendo aliado da presidente
afastada Dilma Rousseff (PT), deixou a reunião R$ 1,2 bilhão mais leve.
Diante da atual crise financeira do País, mesmo os
governadores mais alinhados com Dilma tiveram de deixar o orgulho de lado e
sentar para negociar com Temer as dívidas. Apesar do acordo fechado, alguns estados
ainda esperam conseguir mais benefícios. É o caso do Ceará.
Camilo foi presenteado com a renegociação de R$ 1,2 bilhão
dos R$ 2,2 bilhões que deve ao BNDES. Agora, o Estado terá quatro anos de
carência, tempo que passará pagando apenas o juros, e alongamento 10 anos para
pagar o valor da dívida. Camilo quer mais, quer salvar a economia do Estado às
custas da União.
O governador petista quer incluir na renegociação mais duas
dívidas com o BNDES: uma de 300 milhões (reforma da Arena Castelão) e outra de
R$ 640 milhões (BNDES Estados); além da dívida com a Cohab de R$ 613 milhões.
Demonstração de força
O acordo com os governadores foi também um movimento
necessário a Temer. Após ser citado na delação do ex-presidente da Transpetro
Sérgio Machado e perder o terceiro ministro, o peemedebista demonstrar força
política para seguir na gestão.
Temer tenta se estabelecer no governo através da economia e
cobrou, em contrapartida, a inclusão dos estados no projeto que prevê um teto
de gastos públicos. O peemedebista quer aumentos salariais limitados à
inflação, sem ganho real, para manter o crescimento dos gastos sob controle.
O presidente interino precisa se estabelecer no Planalto
até que o impeachment de Dilma seja consolidado. Até lá, terá de buscar apoio e
demonstrar força para sobreviver às delações, à Lava Jato, às chantagens de
senadores "indecisos" e à tese de novas eleições, que vem ganhando
força. Ceara News 7
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