
Relatos
históricos citam ainda que o Padre Cícero não tinha conhecimento dessa decisão
do seu amigo Floro e o fato nunca foi aclarado a contento já que, dois dias
depois, o deputado juazeirense morria no Rio de Janeiro e ali mesmo terminou
sepultado. Por isso, o sacerdote amargou maus bocados com essa história,
passando até a ser chamados por seus detratores de “protetor de cangaceiros”.
Na época, o padre foi ao encontro de Lampião e até teria aproveitado par dar
conselhos no sentido de deixar o cangaço.
Com a morte
de Floro no Rio de Janeiro, no dia seguinte (9 de março de 1926) Lampião e seu
bando deixavam Juazeiro a pedido de Padre Cícero que já não escondia seu
incômodo com àquela gente na cidade. Em contrapartida, levou consigo algo que,
também, gerou polêmica: um documento assinado pelo inspetor federal Pedro
Uchoa, do Ministério da Agricultura, que lhe conferia a falsa patente de
capitão. Houve quem dissesse que a promessa tinha sido de Floro Bartolomeu
escolhido pelo governo para organizar a milícia e combater a coluna Prestes que
percorria o país.
Foi quando o
médico e político teve a idéia de convidar o temido cangaceiro para integrar o
Batalhão Patriótico na região por onde os comunistas estariam prestes a passar.
Como argumentos, o parlamentar teria usado o nome de Padre Cícero e ofertado a
anistia ao bando. Em Juazeiro, Lampião se fez acompanhar de 49 homens prontos
para a batalha. Para alguns escritores, o sacerdote desconhecia o convite e
outros, como foi o caso do historiador Billy James Chandler, o convite teria
sido feito pelo próprio Padre Cícero.
Miseria
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