
Entre os municípios com mortes, Fortaleza soma três (seis
ainda sob investigação), seguido por Canindé, com duas, e Crateús, Maracanaú,
Morrinhos, Piquet Carneiro, Ipaumirim, Iguatu, Juazeiro do Norte, Russas,
Tejuçuoca e Tururu, cada um com um óbito.
Pernambuco, com 1.819 notificações, sendo 268 confirmados e
1.210 ainda em análise, é o Estado com maior número de casos absolutos no País.
Desse geral, três óbitos comprovados e 36 ainda em estudo. A Bahia aparece com
960 no total e 190 constatados. Paraíba também está em alerta. Lá, são 842
notificações e 91 casos positivos. O Brasil tem 907 registros positivos para a
doença e 198 mortes entre 2015 e 2016, com 46 corroborados por laboratório.
Em relação aos óbitos, além do Estado do Ceará, o Rio Grande
do Norte confirma nove mortes e a Paraíba, sete. Sergipe, Piauí, Alagoas e
Pernambuco contabilizam três cada um.
Avanço
Sobre o avanço dos casos, o médico infectologista Ivo Castelo
Branco, consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a doença, aponta
que é necessário um esforço conjunto e contínuo da população e do poder público
no combate ao mosquito Aedes aegypti. O problema, indica o especialista, é o
mosquito na forma de ovo. "Nós não temos mecanismo eficaz de combate,
porque ele pode ser transportado e se esconder e nesse caso, pode-se jogar até
veneno em cima que não vai adiantar nada, pois pode passar um ano e se ele for
coberto com água em sete dias nasce um mosquito e se a fêmea desse mosquito
tiver uma dos três arbovírus - dengue, zika ou chikungunya - ele nasce
contaminado e vai contaminar quem pica", alerta.
Outro problema apontado pelo médico é a questão do
desabastecimento de água. "No Ceará, enfrentamos mais um período sem boas
chuvas e então, a população acumula água do jeito que dá e aí mora o perigo.
Esses vasilhames tem que estar protegidos, cobertos porque são locais ideias
para o Aedes se proliferar", acrescenta.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
(Sesa), um conjunto de ações e medidas está sendo executado a fim de reduzir os
índices. As intervenções vão desde o controle do mosquito Aedes aegypti ao acompanhamento
das gestantes e bebês com microcefalia.
A Pasta ressalta que, em novembro de 2015, criou um comitê de
especialistas específicos para dar assistência às gestantes e aos bebês com a
doença. Cinco hospitais da rede pública do Estado integram a rede de
atendimento: Hospital César Cals, o Hospital Geral de Fortaleza, o Hospital
Infantil Albert Sabin, o Hospital José Martiniano de Alencar e o Hospital São
José, além do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen).
Apoio
De acordo com as informações da Secretaria de Saúde do estado
do Ceará, foram capacitados profissionais de todas as regiões do Estado. As
capacitações foram concentradas em Sobral, com a participação de médicos dos 55
municípios da macrorregião Norte; no Crato, com a participação de médicos dos
44 municípios da macrorregião do Cariri; e, em Fortaleza, com a presença de
médicos da Capital e de toda a Região Metropolitana.
Fonte: Diário do Nordeste
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