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terça-feira, setembro 12, 2017

PICADAS DE ABELHA SÃO USADAS EM TRATAMENTO CONTRA CHYKUNGUNYA

Desde o mês de janeiro que a manicure Tina Oliveira tem sofrido com as dores causadas pela chikungunya, mas foi com as picadas de abelhas que ela conta que se viu livre da doença. A paciente já recorreu a vários medicamentos na tentativa de cessar os sintomas, que não surtiram o efeito esperado. A ação dos remédios só duravam por três dias e, logo, as dores voltavam.

Em meio a essa situação, o apicultor e marido de Tina, João Naldo, iniciou uma pesquisa pela internet para conhecer os benefícios do veneno da abelha. Segundo ele, a substância do inseto é um dos melhores anti-inflamatórios do mundo, e então ele percebeu que a apiterapia, tratamento que utiliza picadas de abelhas, poderia ser uma alternativa.
Até o momento, Tina Oliveira fez somente duas sessões e já sente as melhorias. O veneno é aplicado por Naldo nas regiões em que a manicure sente mais dores.

“A primeira sessão, que aconteceu no dia 14 de agosto, começou com 12 picadas. O inchaço diminuiu muito e não estou mais sentindo tanta dor como sentia antes. Ele aplicou no joelho e no pé”, relatou a manicure. A paciente ainda vai fazer mais duas sessões com um número médio de 12 picadas.

Segundo Tina, nas regiões onde são aplicadas o veneno da abelha, fica vermelho e pouco inchado. Além disso, relata que sofre uma sensação de febre durante as sessões.

“A temperatura baixa um pouco e fico sentindo um calafrio, mas não é uma febre”, detalhou os efeitos da sessão. Antes, as mãos, joelhos e pés eram os locais em que mais sentia dores. Por conta dos sintomas, Tina não podia fazer atividades comuns do dia a dia como vestir uma roupa, por exemplo.

Apesar do avanço clínico de Tina, o infectologista e mestre em Doenças Tropicais Rômulo Sabóia não recomenda o tratamento com base em picadas de abelha para quem sofre com as dores da chikungunya. Segundo ele, a apiterapia não tem comprovação científica para a chikungunya.

“Pode existir relatos isolados, mas a medicina não pode se basear nesse tipo de informação. É preciso ter comprovação científica”, ressalta.

O médico informa que os pacientes devem buscar os tratamentos convencionais a base de anti-inflamatórios não hormonais. Caso o anti-inflamatório não tenha o efeito esperado, deve-se recorrer aos corticoides.


Tribuna do Ceará

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