sábado, setembro 23, 2017
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Horário de verão pode se extinto este ano; governo quer ouvir sociedade
Horário de verão pode se extinto este ano; governo quer ouvir sociedade
A adoção do horário de verão para gerar economia de energia no
Brasil não se justifica mais. A avaliação é do diretor-geral da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. O horário de verão está
previsto para começar no dia 15 de outubro e terminar em 17 de fevereiro do
próximo ano.
O governo analisa a manutenção ou encerramento do horário de verão.
“A avaliação é que, sob a perspectiva do setor elétrico, o horário de verão não
se justifica”, disse Rufino.
Estudos sobre a viabilidade da manutenção do horário de verão, que
abrange nove estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito
Federal (Brasília), estão sendo conduzidos no âmbito do Comitê de Monitoramento
do Setor Elétrico (CMSE), que reúne diversos órgãos governamentais ligados ao
setor elétrico.
As pesquisas apontam para o fato de que a adoção da hora adiantada
não resulta mais em economia de energia, uma vez que a temperatura é quem
determina o maior consumo de energia e não a incidência da luz durante o dia.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), atualmente os picos de
consumo ocorrem no horário entre 14h e 15h, e não mais entre 17h e 20h.
Enquete
O governo estuda a possibilidade de consultar a sociedade sobre a
adoção ou não do horário de verão este ano. A decisão precisa sair rápido e
está nas mãos do presidente Michel Temer e do ministro de Minas e Energia,
Fernando Coelho Filho. Se a definição for pela enquete, ela será lançada no
Portal do Planalto na próxima semana.
Apesar de não fazer mais diferença na economia de energia, conforme
explicou o diretor-geral da Aneel, uma parte da sociedade gosta da sensação de
ter uma hora a mais no dia e poderá manifestar isso na enquete.
Além disso, o governo pode levar em consideração o maior movimento
do comércio durante o horário de verão. Com dias mais claros, as pessoas ficam
mais na rua e consomem mais.
Bandeira vermelha
De acordo com Rufino, em outubro o governo deve passar a cobrar a
bandeira vermelha na conta de luz, possivelmente na faixa dois, em razão da
escassez de chuvas.
“O que podemos falar agora é de tendência. A bandeira está
vinculada ao CMO (Custo Marginal de Operação), que é muito dependente de regime
hidrológico e a previsão de chuva. A tendência é que estamos com um regime
hidrológico muito desfavorável, com chuvas atrasadas. A tendência é despachar
térmicas mais caras”, disse.
Atualmente, está em vigor a tarifa amarela na cobrança da conta de
luz. Esta tarifa representa um acréscimo de R$ 2,00 a cada 100 quilowatts-hora
(kWh) consumidos. Com a adoção da tarifa vermelha, o preço da tarifa de energia
passa a ter um acréscimo e vai a R$ 3,00 por 100 kWh. No caso do patamar dois,
esse valor seria maior: R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos.
Com informaçoes Agencia Brasil
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