terça-feira, setembro 12, 2017
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Crise econômica, desemprego e preconceito aumentam o risco de suicídio, diz Ipea
Crise econômica, desemprego e preconceito aumentam o risco de suicídio, diz Ipea
A cada 40 segundos, um suicídio ocorre no mundo. Ao todo, são 800
mil registros anuais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora
tenha forte componente individual, determinantes sociais – como questões
econômicas – também têm influência em diversos casos investigados. Episódios de
suicídio são registrados em todos os países, mas segundo dados da OMS, 75% dos
episódios ocorreram em nações de baixa e média renda em 2012.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) sobre
austeridade e saúde diagnosticou, a partir da análise de diferentes estudos,
que as crises econômicas e o consequente aumento do desemprego aumentam o risco
de suicídio e de mortes decorrentes do abuso de álcool.
Falta de esperança, dificuldades de se enquadrar no ambiente social
e econômico são problemas apontados pela autora da análise e especialista em
Políticas Públicas e Gestão Governamental, Fabiola Sulpino Vieira.
Crise e austeridade
Em momentos de crise, a demanda por atendimento de saúde cresce,
tanto pela degradação das condições de saúde quanto pela dificuldade de ter
acesso a um serviço privado. Por isso, a possibilidade de ocorrência de
suicídios pode aumentar com a adoção de políticas de austeridade.
“A crise gera uma série de problemas, à medida que você provoca uma
situação de instabilidade muito forte. Quando vem a austeridade, que geralmente
vem por meio do corte de despesas da área social, você acaba tirando
possibilidades de mitigação dos efeitos da crise na vida das pessoas”, explica
Fabiola.
Após analisar vários países que enfrentaram crises ao longo da
história, a pesquisadora concluiu que aqueles que mantiveram políticas de
reinserção das pessoas no mercado de trabalho e renda mínima, além de serviços
públicos de saúde e educação, “não só mitigaram os efeitos da crise sobre a
situação de saúde das pessoas, como também tiveram resultado em conseguir retomar
o crescimento econômico em um prazo mais curto do que os que adotaram a
austeridade”.
Enfatizando a necessidade de prevenção, o estudo alerta que
“programas de proteção social e voltados para o mercado de trabalho podem
reduzir o risco de desfechos negativos sobre a saúde mental e problemas
relacionados ao abuso de álcool, além disso, podem promover a saúde e o
bem-estar”.
A situação do Brasil
O Brasil não está fora desse quadro. O país tem taxa proporcional
de suicídio baixa. Segundo o Ministério da Saúde, em 2014, foram registrados
10.653 óbitos por suicídio no Sistema de Informação de Mortalidade, taxa média
de 5,2 por 100 mil habitantes, praticamente metade da média mundial, que é de
11,4 casos para o mesmo grupo. No entanto, tem sido diagnosticado um
crescimento constante do número de ocorrências, especialmente, em relação a
determinados grupos sociais.
Jovens
“Fatores puramente econômicos como o desemprego e a renda causam
maior impacto sobre a taxa de suicídio ao grupo de pessoas mais jovens”,
destacou o Ipea, em pesquisa sobre determinantes sociais do suicídio, publicada
em 2010. Pressão social por sucesso e desemprego estrutural entre os jovens são
alguns dos fatores que explicam essa situação, segundo o Ipea. O suicídio é a
segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos no
mundo, segundo a OMS.
A questão de gênero é outra questão destacada na análise. Verificando
microdados do Ministério da Saúde relativos ao intervalo entre 2000 e 2010, o
Ipea constatou que 79% das vítimas são do sexo masculino. Já estudo que trata
da relação entre acesso às armas de fogo e suicídio destacou que, quando
consideradas apenas as mortes cometidas com armas de fogo, esse percentual
chega a 88%.
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