terça-feira, abril 04, 2017
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'Golpistas da seca' lesam sertanejos no Ceará prometendo serviços e seguros
'Golpistas da seca' lesam sertanejos no Ceará prometendo serviços e seguros
Com mais de cinco anos de prejuízos acumulados com a pior seca do
Ceará nos últimos 100 anos, os agricultores do interior do estado perderam
quase toda a produção. A safra é utilizada apenas para subsistência e, sem
alimentação, a maior parte do gado foi para o abate, interrompendo a produção
do leite para venda. Além das perdas causadas pela escassez de água, a
população enfrenta outro problema: golpes que prometem serviços, benefícios e
desviam verbas que iriam para as pessoas prejudicadas pela seca.
O G1 visitou as cidades de Quixadá e Quixeramobim, no sertão
cearense, e ouviu muitos relatos sobre estelionatários que se passam por
agentes do governo prometendo dinheiro por meio do Garantia-Safra ou do Bolsa
Família, além de denúncias sobre falta de entrega de água
"Em 2016, tivemos o ano mais difícil em mais de 40 anos que eu
cuido dessa fazenda. Um homem que dizia ser do governo pediu R$ 100 para fazer
um seguro de safra, dizendo que a gente recebia R$ 500 em julho. Nós passamos
muito tempo para juntar o dinheiro porque não tivemos colheita, e o gado que
dava pra vender já estava todo vendido. Esse homem sumiu, e o dinheiro foi todo
perdido", relata Francisco de Assis de Freitas, de 55 anos.
Freitas é morador do distrito de Califórnia, na zona rural de
Quixadá, no Sertão Central cearense. A vizinha dele, Maria Fernandes da Silva,
relata que foi vítima de um golpe semelhante, de um suposto agente do Bolsa
Família que prometia aumentar o benefício do programa para pessoas que sofriam
com a estiagem.
"A história que ele contava é que ia aumentar o Bolsa Família,
a gente ia receber R$ 80 a mais por mês, aí, pra isso, ele precisava fazer um
cadastro da gente, e esse cadastro era R$ 30 por pessoa. Só aqui na Califórnia,
dos que eu sei, ele enganou mais de 15 pessoas com esse cadastro."
O titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações, Jaime de
Paula, explica que esse crime se configura como estelionato, com pena prevista
de um a cinco anos de prisão. "Em alguns casos, dependendo da forma como
ele aplica o golpe, ele pode se enquadrar também na falsidade ideológica,
porque é comum eles se passarem por falsos agentes", explica o delegado.
A delegacia de Quixadá tem conhecimento dessas práticas ilegais,
mas afirma que tem dificuldade em investigar porque, na maioria dos casos, não
há registro da denúncia, e os golpes são aplicados em regiões distantes do
centro urbano. "Eles são pessoas que vêm de outras cidades para aplicar os
golpes nas áreas mais distantes. Quando a gente ouve o relato, depois de dias,
eles [estelionatários] já estão longe. São os golpistas da seca", afirma.
G1 CE
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