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quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Professor Antônio Rilmar Cavalcante, fala de política e da seca em nosso nordeste

O FLAGELO IMORAL POLÍTICO

     O uso da água aumenta de acordo com as necessidades da população no mundo. Porém, diferentemente do que se posso imaginar, o aumento do consumo de água superou em duas vezes o crescimento populacional durante o século XX.

     Uma estratégia sócia espacial que pode contribuir para alterar a lógica de uso da água apresentada no texto acima é a ampliação de sistemas de reutilização hídrica.

     Comentário: O ritmo no aumento do consumo de água, recurso essencial cuja disponibilidade está sendo reduzida drasticamente, a ponto de ameaçar as atividades humanas, deve ser alterado com a reutilização ou reaproveitamento dos recursos hídricos.

     A ESCASSEZ HÍDRICA

     A escassez hídrica afeta a saúde pública, a economia regional localizada ou regionais, e, principalmente, a decrescente Produção de energia e de alimentos. Não descarto conflitos no Uso da água.

     O viso está sendo dado, este ano no seu início, os indícios de que há uma mudança climática que transcorre, que não é pontual, havendo sim alguns fatores para uma possível Continuidade. Em médio e longo prazo a situação só tende a complicar. Todo esse risco de escassez de água, por isso, a necessidade de obras para aumentar a capacidade de reserva a sua distribuição, levando em conta o tempo para construções.    

     Os impactos na produção de alimentos terão seus reflexos na economia do país.

     A crise atual não atinge somente a população humana, mas todo o ecossistema, a biodiversidade aquática, assim em sua complexidade a sustentabilidade dos rios, lagos e as águas Subterrâneas através da escassez e da poluição.

     Há necessidade de modificações de ações governamentais dos Recursos hídricos, pois, não há uma evolução para enfrentar a crise de forma contundente, interdisciplinar e sistema de adequação controle quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos.

     Devemos enfrentar o que é, necessariamente, imprescindível a modernização e a dinamização dos sistemas de gestão. A modernização é garantir condições para articulação e visão sistemática de todos os órgãos responsável pela gestão criando estrutura para situações emergenciais (feito de maneira muito precária) devido a vulnerabilidade Humana e dos ecossistemas.

     REDUÇÃO DO CONSUMO DA ÁGUA

     É de significado premiar que reduz o consumo, mas também, punir quem aumenta ou mesmo se necessário impor quotas. Enfim, tomar medidas para não acarretar colapso nos sistemas produtores de água.

     Urgentemente a mobilização da população para obter resultados significativos na redução do consumo de água, isto acompanhado por ampla divulgação nos meios de comunicações de massas construindo parcerias para o alcance de metas.

     A POLITICAGEM

     O agravamento da seco no Nordeste e a secular promessa da transposição de uma pequena parcela das águas do Rio São Francisco, nos causa uma desesperança em ver, hoje, em nossas terras, faz dó animais mortos (cemitério exposto de ossada) pela falta d’água. O agente sanitário do sertão a planar pelo ar em multidão escorresse o céu. Agricultores e pequenos fazendeiros entregues a piores da sorte, desassistidos da política governamental e que lhes resta a fé que haja em 2017 um bom inferno.

     Não é de hoje o flagelo da seca. Os municípios do Nordeste, a seca foi declarada como a pior dos últimos cem anos. Em Munícipios pequenos levantamento de 2016 aponta que a falta de água afetou mais de 25 milhões de pessoas e a situação se agrava cada vez mais. O cenário de racionamento de água e utilização de carros-pipas para o abastecimento, uma situação relacionada a Municípios pequenos, hoje atinge capitais e o Distrito Federal. Um levantamento divulgado em maio de 2016 visa chamar atenção do poder público para a gravidade dos desastres no Brasil.

     A politicagem no combate à seca, o Departamento de Obras contra as Secas (Dnocs), há anos sucateado e esvaziado, por decisão do usurpador presidente Michel Temer (PMDB), retirou dos governadores a execução de obras destinadas ao combate à seca entregando essa responsabilidade ao Dnocs. Os recursos que deveriam ir direto para os Estados vão para o órgão federal. Mudanças tais, que não passa de um jeitinho para beneficiar aliados políticos próximos ao presidente. O Dnocs e controlado pelo PMDB e vários governadores nordestinos, como os do Ceará, Piauí e Paraíba que não faz parte da base política de Temer, assim, esse usa máquina do seu governo em benefício próprio.

     A necessidade urgentíssima e uma resposta efetiva e rápida a uma da gravíssima emergência climática, de uma maneira perversa, o governo federal, truculentamente, castiga os miseráveis da grande seca. Sabe-se que o Dnocs é uma instituição burocrática e envelhecida e não transparente em sua política, funcionando como um “Ministério” para empregar correligionários. Ao haver não justificativo técnico e operacional para o colocar o Dnocs como intermediário de recursos federais destinados a obras de emergência, a não ser, se o critério for de caráter político. A perde de credibilidade é notória e com uma estrutura de milhares de funcionários, também, com um rosário de denúncias de corrupção, o seu esvaziamento é comparado ao da Sudene. Essa gerência é reveladora do atraso que o governo Temer se posiciona, ela é contrária ao caminho da modernidade, de combate à miséria e ao modelo operante desenvolvimentista de uma Nação. A parte mais fraca paga pelos erros acumulados, uma afronte ao mundo civilizado, fica claro o não combate à fome, a educação, a saúde, etc.

     Nossa conclusão final:  TEMER TRANSFERE AO PMDB USO DE VERBAS CONTRA A SECA, este fato ocorreu na mesma semana que iniciou a campanha eleitoral nos municípios brasileiros, retirando dos governadores e destinando ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), órgão controlado predominantemente por peemedebistas. Não ficou só nisso, os estados de Sergipe e Alagoas governados pelo PMDB, decidiu aumentar o valor de repasse a estes Estados.


     Um órgão sucateado e falido, quero acreditar

Professor Antônio Rilmar Cavalcante

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