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sábado, dezembro 03, 2016

Violência armada em Fortaleza deixou 97 pessoas mortas somente no mês de novembro

A criminalidade crescente na Capital cearense tem atingido bairros onde o tráfico de drogas dá as ordens
Violência armada em Fortaleza deixou 97 pessoas mortas somente no mês de novembro
Assassinados em plena praça pública viraram rotina em bairros periféricos da Capital

Nada menos, que 97 pessoas foram assassinadas em Fortaleza nos 30 dias de novembro último, numa média de um assassinato à cada oito horas. Os dados foram extraídos da estatística diária apresentada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Bairros periféricos são os mais atingidos pela criminalidade. Os cinco mais violentos, por ordem de assassinatos são: Siqueira, Bom Jardim, Vila Velha, Mondubim e Barra do Ceará.

Somente nestes cinco bairros, ocorreram 25 dos 97 homicídios registrados no mês de novembro da Capital, o que representa 24,2 por cento do total.  Outros bairros também com índices de homicídios relevantes são: Jardim Guabanara, Quintino Cunha, Edson Queiroz, Joaquim Távora, Praia de Iracema, Praia do Futuro e Papicu, onde em cada um deles três homicídios foram registrados no mês passado.

Também são motivo de preocupação paras autoridades comunidades com concentração de favelas e onde o tráfico de drogas tem ordenado execuções sumárias constantes, como: Bela Vista, Barroso, Jangurussu, Autran Nunes, Bonsucesso, Genibaú, Conjunto Esperança, Granja Lisboa, Henrique Jorge, Jardim Iracema, Vila União, Paupina, Planalto Ayrton Senna, Parque São José, Elleri, Cais do Porto e Pirambu.

Tráfico e mortes

Exemplo dessa relação entre tráfico de drogas e assassinatos é a Barra do Ceará, localizada na Zona Oeste da Capital e pertencente à Área Integrada de Segurança Um (AIS-1). Ali, uma “guerra” entre facções pelo domínio da venda de drogas tem tido um efeito devastador para os moradores. Tiroteios são diários e se transformaram numa sinistra rotina, sem que as autoridades da Segurança Pública consigam conter os criminosos.

Em contraponto a isto, comunidades que outrora apareciam constantemente no noticiário policial por conta de tiroteios entre  facções e gangues e que resultavam em mortes hoje apresentam baixa criminalidade por conta do aumento da presença policial. Exemplo disso é o bairro Vicente Pinzón, na zona Leste da Capital.

A implantação de bases da PM, com vigilância 24 horas, reduziu o número de mortes violentas no local, apesar de não ter erradicado o comércio de drogas.  Contudo, próximas dali, comunidades com Estiva, Cais do Porto e Serviluz ainda apresentam taxas de assassinatos preocupantes. Na Estiva, duas chacinas ocorreram em menos de um ano.

Por FERNANDO RIBEIRO



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